Por Itasat
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou em pronunciamento nesta terça-feira (31), que a condição hidroenergética do Brasil se agravou e, por isso, está sendo necessário importar enérgia de países vizinhos. Segundo ele, como todos os recursos mais baratos já estão sendo utilizados, essa nova medida custará mais caro.
"O período de chuvas na região Sul foi pior que o esperado. Como consequência, os níveis dos reservatórios de nossas usinas hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro Oeste sofreram redução maior do que a prevista. Esta perda de geração hidrelétrica equivale a todo o consumo de energia de uma grande cidade como, por exemplo, o Rio de Janeiro, por cerca de 5 meses", disse o ministro em rede nacional de rádio e televisão.
Bento Albuquerque fez ainda um apelo para um “esforço inadiável” de redução do consumo de energia elétrica. "Além disso, para aumentarmos nossa segurança energética e afastarmos o risco de falta de energia no horário de maior consumo, é fundamental que a administração pública, em todas as suas esferas, e cada cidadão-consumidor, nas residências e nos setores do comércio, de serviços e da indústria, participemos de um esforço inadiável de redução do consumo", pediu Albuquerque
"O empenho de todos nesse processo é fundamental para que possamos atravessar, com segurança, o grave momento energético que nos afeta, para atenuar os impactos no dia a dia da população e também para diminuir o custo da energia", pontuou.
Nova Bandeira:
Anuncio foi feito após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciar, na tarde desta terça-feira (31), uma nova classificação de bandeira tarifária. Denominada de "escassez hídrica", a tarifa é para as contas de luz consideradas excedentes de todo o país.
A nova classificação, que adiciona R$ 14,20 às faturas a cada 100 kW/h consumidos, deve entrar em vigor nesta quarta-feira (1º) e permanecer até 30 de abril de 2022. A nova bandeira representa uma alta de 49,63% em relação à bandeira de classificação vermelha patamar 2, até então a mais alta do sistema.
A nova bandeira é uma consequência do agravamento da crise hídrica no Brasil, que faz com que setor elétrico passe por uma intensa adaptação para não deixar faltar energia nos próximos dois meses, que prometem ser os mais críticos de 2021.