Por Itasat
O técnico Vanderlei Luxemburgo não poupou críticas ao árbitro Dênis da Silva Ribeiro Serafim, de Alagoas, que apitou o empate sem gols do Cruzeiro com o Botafogo, nesta terça-feira, no Independência, pela 30ª rodada da Série B. O treinador celeste reclamou que o dono do apito foi pressionado antes do jogo pelo presidente do clube carioca, pelo fato de o Alvinegro disputar uma vaga no G4 com os alagoanos CSA e CRB, e por isso “segurou” a Raposa o tempo inteiro, retardando a partida.
“Você botou um juiz para apitar o jogo e o presidente do Botafogo deu uma pressionada nele com dois clubes de Maceió interessados no resultado. E você bota um juiz de Maceió para vir apitar aqui e conduzir como ele conduziu. Morosidade, não deixando o time fluir, não deixando ter jogo de futebol. Nós tivemos que acelerar o jogo porque ele jogou o jogo pra baixo, pra ficar lento”, disse.
Luxa disse que foi reclamar com o árbitro da “cera“ do Botafogo e acabou levando o cartão amarelo, o terceiro dele, que o tira da partida contra o Avaí, na próxima rodada.
“Tomei o terceiro cartão porque reclamei da morosidade do time deles pra bater o lateral, cair no chão. No primeiro tempo eles caíram no chão diversas vezes, ele deu cinco minutos, quando os caras ganharam de 8 a 10 minutos. Teve uma hora que o cara ficou uns quatro minutos e ele deu cinco minutos irritando os nossos jogadores, irritando o tempo todo mandando o jogador voltar com a falta, voltar com o arremesso lateral”, iniciou.
“Eu tomei o cartão e levei um susto. Falei: ‘porque estou tomando o terceiro cartão?’ Sabe por que eu tomei? Porque ele sabe que eu tenho o segundo, então eu estou fora do próximo jogo. Foi isso. Ele veio no final do jogo para me dar o terceiro cartão amarelo. Ele deu para o Adriano e para o Giovanni porque os dois têm cartão amarelo (também estão suspensos para o jogo contra o Avaí)”, acrescentou.
“Eu levei o terceiro cartão amarelo de graça. Não ofendi, não xinguei, não fiz nada. Estava reclamando da morosidade do time Botafogo em colocar a bola em jogo que era uma coisa que ele deveria ter advertido no primeiro tempo ainda”, completou.
As críticas do técnico celeste sobraram para o chefe de arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba. O treinador relembrou os erros do árbitro de vídeo (VAR) na partida contra o Operário, na Arena do Jacaré.
“Tem que reclamar é do Gaciba. A mesma coisa, Gaciba, presta atenção no que eu vou te falar. Você colocou um árbitro de Santa Catarina para apitar o jogo do Operário. Você lembra o que ele fez? Ele é VAR, árbitro Fifa-VAR. Você botou ele pra apitar um jogo importante para nós lá em Sete Lagoas. Você viu o que ele fez? Aí depois você mexe com a câmera pra cá e pra lá. Mas depois você fala que não foi isso, não foi aquilo”, apontou.
Por fim, Luxemburgo insinuou que a arbitragem do alagoano Dênis da Silva Ribeiro Serafim foi tendenciosa para prejudicá-lo.
“É muito complicado isso, não dá para entender isso. Eu quero acreditar que não tenha nada, mas atuação dele aqui, a maneira como ele me botou pra fora, ela foi bem encomendada”, finalizou.