Por Itasat
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) garantiu a permanência de Paulo Guedes como ministro da Economia. A pasta sofre debandada: quatro secretários pediram demissão nessa quinta-feira (21), em meio a resistência do governo em manter o Auxilio Brasil no valor de R$ 400, o que exigiria manobra para driblar o teto de gastos.
"Paulo Guedes continua no governo e o governo segue com a política de reformas. Defendemos as reformas, que estão andando no Congresso Nacional, esse é o objetivo", afirmou Bolsonaro em entrevista à CNN Brasil.
Para chegar ao valor de R$ 400, o ministro Paulo Guedes admitiu a necessidade de uma "licença para gastar" R$ 30 bilhões fora do teto de gastos — a principal regra fiscal do governo, que limita o avanço das despesas à inflação.
Saída de secretários
Deixaram a pasta o secretário especial do Tesouro, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, a secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araújo.
Em nota, o Ministério da Economia alegou que os pedidos de exoneração foram de "ordem pessoal". Apesar disso, a decisão ocorreu no mesmo dia em que o governo definiu um acordo para rever a regra do teto de gastos e fazer uma manobra para abrir espaço no Orçamento para o programa Auxílio Brasil de R$ 400. São as primeiras baixas no alto escalão da equipe econômica após a decisão do governo.