Por Itasat
Após jogadores e funcionários da Toca da Raposa I e II paralisarem os trabalhos na semana passada por atraso no pagamento de salários, agora é a vez dos colaboradores das sedes sociais do Cruzeiro. Em comunicado, eles revelam estar há seis meses sem receber e que, por isso, as atividades nas sedes Barro Preto e Campestre serão paralisadas a partir deste sábado (23).
Inicialmente, os funcionários ficarão de braços cruzados até a próxima terça-feira (26). Mas o período pode ser estendido. Os colaboradores das sedes sociais do Cruzeiro informam que vão paralisar os trabalhos “até que haja uma efetiva resposta em relação aos pagamentos atrasados”.
No comunicado, os colaboradores informam que a “situação ficou intolerável e injustificável”.
Eles ainda reclamam que a negociação da diretoria junto aos empresários cruzeirenses é para pagar somente a área do futebol. Desta forma, os colaboradores das sedes sociais acreditam que continuarão sem receber os salários.
“Devido a essa situação de negligência, que afeta não só a nós, mas também aos familiares, não aceitamos esta situação”, finaliza o comunicado dos funcionários das sedes sociais do Cruzeiro.
Posição do Cruzeiro
Em contato com a reportagem, o Cruzeiro se posicionou sobre a iminente paralisação dos funcionários das sedes sociais do clube. Em nota, a Raposa informou que “conforme anunciado, à medida em que o Clube viabilizar as quantias junto aos parceiros, as pendências com os colaboradores serão quitadas de forma gradativa”.
Situação dos jogadores
Após três dias sem treinar, os atletas do Cruzeiro encerraram a paralisação no último domingo (17), quando voltaram às atividades na Toca II. Mesmo sem ter a garantia do pagamento dos salários atrasados, os jogadores decidiram retomar os trabalhos visando à partida contra o Avaí, marcada para esta sexta-feira (22), em Santa Catarina.
Nos últimos dias, ocorreram dois encontros da diretoria com empresários cruzeirenses para tratar de uma ajuda financeira para quitar os atrasados, mas ambas terminaram sem uma definição. Há valores em aberto com jogadores e funcionários do clube desde 2020. No total, o Cruzeiro deve mais de R$ 9 milhões.
Em pronunciamento nesta sexta-feira, o técnico Vanderlei Luxemburgo falou sobre o movimento dos jogadores e garantiu que a diretoria está correndo atrás do dinheiro para quitar os compromissos.
“A coisa caminhou bem. A diretoria está buscando soluções. Já falaram que vão pagar os atrasados dos funcionários da Toca I e da Toca II. Estão buscando, não sei como está essa situação”, disse o treinador.