Por Itasat
O Cruzeiro pretende se transformar em Sociedade Anônima do Futebol (SAF) no fim deste ano. Mas a diretoria celeste já está no mercado, em parceria com a XP Investimentos, em busca de investidores interessados em aportar dinheiro para a compra de 49% das ações do clube. Como será o processo de escolha da empresa até a efetiva venda da Raposa?
O repórter Samuel Venâncio, da Rádio Itatiaia, entrou em contato com o diretor da XP Investimentos, Pedro Mesquita, para saber como funcionará este processo de transformação da Raposa em clube-empresa.
Primeiramente, foi feito um estudo há cerca de três meses pela XP, que ficou responsável por buscar os investidores interessados em colocar dinheiro no Cruzeiro e apresentar o projeto do clube.
Neste primeiro momento, 15 fundos de investimentos se interessaram em fazer um aporte financeiro no Cruzeiro. Pedro Mesquita afirmou que acredita que esse número vá dobrar e chegará a 30.
A partir do momento em que o fundo de investimentos mostra o desejo de conhecer todo o projeto do clube, é assinado um contrato de confidencialidade. Desta forma, qualquer informação que surja sobre o investidor interessado ou valores da negociação será especulação.
Nas próximas semanas, os fundos seguirão estudando o projeto do Cruzeiro antes de apresentarem a proposta de investimento. Em dezembro, as ofertas chegarão ao clube celeste, que irá definir a empresa que assumirá o controle da SAF.
No entanto, o diretor da XP explicou que o investidor escolhido não será o que apresentar a melhor proposta. Serão levados em conta, por exemplo, o projeto da empresa e o que será ofertado ao Cruzeiro para recuperar o clube.
A ideia é que, em janeiro e fevereiro, o Cruzeiro reduza para dois a quatro, no máximo, o número de investidores interessados. Em seguida, eles precisarão enviar uma nova proposta para ser definido o vencedor. Até março, o planejamento é “bater o martelo” e fechar o contrato com o fundo escolhido para concluir a venda dos 49% do clube.
O diretor da XP lembrou que o investidor escolhido, por contrato, será o responsável por gerir o departamento de futebol do Cruzeiro, mesmo não sendo o sócio majoritário. Desta forma, o fundo colocará um CEO de confiança no clube para definir metas, ter receitas e dar resultado positivo, já que 20% da arrecadação serão destinados para o pagamento das dívidas da “associação Cruzeiro”.