Por Itasat
O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), está em Glasgow, na Escócia, onde participa da COP26, da Organização das Nações Unidas (ONU) para debater mudanças climáticas. Nesta terça-feira (9), o tema será indústrias, e Pacheco faz a palestra de abertura.
"Percebo que há uma consciência verdadeira de mobilização em torno dessa pauta de preservação do meio ambiente. Isso vem não só das instituições de governos ou do Legislativo, mas de um apelo muito forte sociedade", afirmou Rodrigo Pacheco.
"É preciso reduzir as emissões de gás de efeito estufa a partir de métodos, programas e iniciativas que possam conter essa poluição. Então há uma grande mobilização mundial. É importante o Brasil estar inserido dentro dessa lógica. Isso não significa definitivamente travar o desenvolvimento", prosseguiu.
Pacheco ressalta ser "perfeitamente possível ter desenvolvimento compatibilizando com o aspecto ambiental de preservação ambiental''. "Para isso temos a ciência, a inovação, a tecnologia, métodos cada vez mais avançados para poder se ganhar produtividade preservando o meio ambiente", avaliou.
Desmatamento
Pacheco cita avanços do Brasil em relação à energia, como a hidrelétrica, solar, eólica e biomassa. Mas reconhece o desmatamento ilegal das florestas como principal problema. "Gera uma imagem ruim do Brasil. É preciso uma mobilização nacional nesse sentido para se conter esse desmatamento", analisa.
Na avaliação de Pacheco, o Brasil possui rigor sob o ponto de vista Legislativo. "Óbvio que há possibilidade de ajustes, mas a questão passa pelo aparato do estado para se identificar esse desmatamento ilegal e poder combatê-lo, além de punir os responsáveis", avaliou.
A consciência da população também é fator determinante, na visão de Pacheco, para reduzir o desmatamento. Para isso, segundo ele, é necessário investir em projetos e iniciativas que demonstram à sociedade ser "melhor preservar a mata do que destruí-la". "E elas precisam de estímulo financeiro para isso", prossegue.
Compensação de países desenvolvidos
Pacheco também cobra que países desenvolvidos ofereçam compensação às nações que ainda estão em desenvolvimento e estão comprometidas com a preservação ambiental.
"Remunerar esses países para que possam preservar essas florestas. Não é uma doação, não é uma mendicância diplomática. É uma compensação dentro duma lógica mundial daqueles que já desmataram essas florestas e agora para ter florestas no mundo precisam remunerar onde as florestas existem", pontuou.