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Terceiro ano na B

Sérgio Rodrigues tem só mais uma chance para não terminar mandato sem comandar o Cruzeiro na Série A

Presidente celeste chegou a dizer que o clube subiria bem já em 2020

11/11/2021 10h12
Por: Redação

Por Itasat

O presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, terá apenas mais uma oportunidade para não terminar o atual mandato sem comandar o clube na Série A do Campeonato Brasileiro. Na presidência desde junho de 2020, o dirigente não conseguiu tirar a Raposa da Série B do Brasileirão. Além disso, o fantasma do rebaixamento para a Série C assombrou o time nas duas edições da segundona. Sem chance de acesso neste ano, o time celeste só tem possibilidade de voltar à elite em 2023, quando chegará ao fim a gestão atual.

Sérgio Santos Rodrigues foi eleito incialmente em junho de 2020 para um mandato tampão de sete meses, encerrando o período de Wagner Pires de Sá no Cruzeiro. Posteriormente, foi reeleito para três anos (2021 até dezembro de 2023). O primeiro desafio foi comandar o time na Série B daquele ano que, em razão da pandemia de covid-19, começou em agosto. Mesmo com problemas graves deixados pela gestão anterior e com a punição da Fifa, que fez o clube iniciar a competição com seis pontos negativos, Sérgio mostrava confiança no acesso.

“Todo mundo que achava que a gente tinha acabado vai morrer de raiva. Quem falou que a gente ia demorar cinco, dez anos, vai morrer de raiva. Vamos subir muito bem esse ano”, disse o presidente celeste durante apresentação ao elenco, na Toca da Raposa II, dias antes de sua posse como mandatário do clube.

"É o momento mais difícil da história do Cruzeiro, mas é de passagem. Isso que sempre falo. Não tenho dúvida nenhuma que é de passagem, pela grandeza do Cruzeiro. A gente já já vai voltar para o lugar que a gente nunca deveria ter saído. Vamos fazer isso juntos", disse o presidente em 2020. 

A realidade mostrou que a projeção de Sérgio Santos Rodrigues estava errada. Apesar de começar a Série B de 2020 com três vitórias e ‘pagar’ os seis pontos retirados pela Fifa, o time, então comandado por Enderson Moreira, caiu de produção, se distanciou da G4 e foi parar na vice-lanterna. A campanha ruim resultou na demissão de Enderson Moreira. Ney Franco foi escolhido para ser o substituto, mas sequer conseguiu tirar o time das últimas posições. Teve o mesmo caminho do antecessor. Então, o presidente contratou Luiz Felipe Scolari. 

Sem prometer o acesso, Felipão conseguiu tirar o time das últimas posições e evitou o rebaixamento para a Série C. No entanto, não continuou no clube para atual temporada.

Filme repetido 

O Cruzeiro de 2021 seguiu quase o mesmo repertório do ano anterior. Contratou treinadores menos badalados (Felipe Conceição e depois Mozart), se reforçou por atacado e, consequentemente, não conseguiu os resultados esperados dentro de campo. Felipe Conceição e Mozart foram demitidos e Vanderlei Luxemburgo contratado, já com o time na zona do rebaixamento. Multicampeão, Luxa chegou com o discurso de mudança e de brigar pelo acesso. 

“Cruzeiro é um time de Primeira Divisão e tem percentual de números para buscar o objetivo. O Cruzeiro não tem condição de ganhar quatro, cinco jogos seguidos? Tem”, disse o treinador na sua apresentação, em agosto.

O início da era Luxa com bons resultados fez a torcida acreditar no tão sonhado acesso. Porém, a baixa qualidade do elenco pesou, o time perdeu força, sequer chegou a brigar pelo acesso e passou a ser assombrado pelo fantasma do rebaixamento novamente.

O alívio veio com o triunfo sobre o Londrina, por 1 a 0, na semana passada. Mas o risco de queda mesmo só foi afastado nessa terça-feira (9), na vitória por 2 a 0 sobre o Brusque, no Mineirão. O Cruzeiro alcançou os 46 pontos, abrindo oito de vantagem para o Z4 e faltando três jogos para o fim da competição.

“Falei para os jogadores após o jogo... dei os parabéns por manter o time na Segunda Divisão, mas que isso é muito pouco, mas muito pouco para a grandeza do Cruzeiro. Tem que pensar diferente, o Cruzeiro tem que pensar no Cruzeiro desta torcida que apareceu hoje aqui”, disse Luxemburgo após vitória sobre o Brusque.

“Pensar em 2022 é pensar em tudo diferente do que foi feito até agora. Se nós fizermos tudo o que foi feito até agora, vai terminar como terminou hoje, ficar feliz porque mantivemos o time na Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro”, completou o treinador.

Sem brigar 

Dos oitos rebaixados nas últimas duas edições da Série B do Brasileirão (2019 e 2020), o Cruzeiro é o único que nunca figurou entre os primeiros colocados na Segunda Divisão, considerando as edições de 2020 e as 35 rodadas da atual. No ano passado, por exemplo, o time celeste foi o único entre o quatro rebaixados em 2019 a chegar no último jogo sem chance de acesso. A Chapecoense conseguiu subir e CSA e Avaí bateram na trave, ficando fora somente na 38ª rodada.

Considerando as edições de 2020 e 2021, a melhor posição do Cruzeiro na tabela foi um décimo lugar, nas rodadas 29 e 30 do ano passado. Neste momento, a Raposa está na décima posição, com 46 pontos, mas poderá ser ultrapassada por Vila Nova-GO ou Sampaio Corrêa, que se enfrentam nesta quinta-feira (11), no Maranhão.

O próximo compromisso da Raposa será contra o Vitória, no próximo domingo (14), às 19h, no Barradão.