COP26: empresa mineira Carapreta é apresentada como caso de sucesso na redução de gases de efeito estufa

Por Itasat

Minas Gerais apresentou, nesta quinta-feira (11), na COP26, em Glasgow, na Escócia, um caso de sucesso na redução de emissão de gases de efeito estufa na agropecuária. O grupo Carapreta, de produção de carnes nobres, foi o único representante brasileiro do setor na conferência a ser apresentado como um caso de sucesso. 

O CEO do grupo, Vitoriano Dornas Neto, explica como a empresa consegue reduzir de forma extremamente significativa a emissão de carbono.

"O nosso projeto ele é 100% verticalizado, então nós produzimos desde fazenda, passando pelas nossas indústrias e chegando até a área comercial, controlando todas as etapas da cadeia produtiva numa base de economia circular, onde nós temos como base a produção de três proteínas ou três carnes: bovinos, ovinos e pescados. A gente usa a água que a gente produz os peixes na irrigação dos nossos pivôs, onde nós vamos produzir o milho e a soja. Esse milho e a soja é consumido pelos bovinos e pelos ovinos. Todo o dejeto gerado por esses animais, que em muitos projetos é um grande problema ambiental, nós utilizamos esse dejeto pra poder mitigar o CH4 que é um gás do efeito estufa, é o metano, um gás importante aí do efeito estufa, e com esse gás a gente converte ele em energia, além da energia que esse biodigestor gera pra ligar o nosso pivô as nossas indústrias nós utilizamos também os restante do esterco que fica ali na frente de irrigação dos nossos pivôs, reduzindo o custo de produção e melhorando a produção sustentável", detalhou.

Segundo Dornas Neto, com as ações de sustentabilidade a empresa consegue retirar do meio ambiente o dobro do carbono que emite. "A gente consegue reduzir praticamente o dobro do que a gente produz. Então do que a gente produz de carbono, a gente retira o dobro do meio ambiente, com todas as práticas que eu falei de energia, com toda a parte de pastagens recuperadas e algumas florestas de eucalipto que nós temos no nosso processo", afirmou. 

O diretor de marketing do grupo, Gabriel Geo, afirma que é mais barato para o produtor e faz diferença para o consumidor que as empresas adotem uma produção mais sustentável.

"Com a globalização das informações e o acesso dos consumidores do que que acontece no mundo e quais são os impactos da emissão de carbono no meio ambiente e toda a parte de trabalho escravo que vem acontecendo no Brasil, que a gente vem ouvindo relatos e matérias sobre isso, a gente percebe que para o consumidor é essencial que ele tenha certeza daquilo que ele come. Então, cada vez mais as pessoas estão buscando mais informações, procurando saber de como que é feito o processo de produção daqueles produtos que eles consomem, e a gente vem percebendo que a Carapreta consegue ter um aceite no mercado bem grande por causa disso. As pessoas confiam e conseguem ver a responsabilidade e a aderência que o nosso processo de produção tem com todos os conceitos de responsabilidade social e produção sustentável", pontuou.