Por Itasat
Quem tem fome, tem pressa. A famosa frase do sociólogo mineiro Betinho é um dos motes de mais uma campanha Natal sem Fome, organizada pela ONG Ação da Cidadania. A iniciativa, lançada em 1993, recebeu nessa quinta-feira (18), o apoio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e de vários veículos de imprensa do estado.
O presidente da Assembleia, deputado Agostinho Patrus (PV) a carta-manifesto de apoio à campanha “Natal Sem Fome 2021”. Por meio de várias ações que estão sendo desenvolvidas no âmbito do Legislativo, a ALMG vai mobilizar uma rede de parceiros para auxiliar e promover a edição deste ano.
Integrante da ONG e coordenadora da campanha, Danusa Carvalho afirma que o apoio recebido ajuda a potencializar a busca por doações.
"Traz para a gente uma esperança no nosso coração que a gente sai daqui mais feliz, porque a gente tinha uma nata da imprensa mineira aqui conosco e tenho certeza que nós vamos arrecadar bastante. Espero que todos possam de fato contribuir, não só os veículos, como os deputados, como toda casa, como todo os empresários mineiros, para que a gente realmente estabeleça uma relação de sucesso no final da campanha. A fome tem pressa. O Natal sem fome ele tinha parado já tinha dez anos e a gente teve que retomar desde 2017 que começou de fato a pontuar lá no fundo que ia ter que começar a distribuir. Depois veio uma enchente muito grande em Minas Gerais, a gente teve um empenho muito grande nesse momento. Logo depois em seguida veio a pandemia, aí realmente a gente infelizmente voltamos para a miséria mesmo. Quase 40 milhões de brasileiros estão em estado de necessidade pública de tudo, saúde, comida e até casa", contou.
Danusa detalha ainda como as pessoas podem participar da iniciativa para transformar o natal daqueles que tem fome. "Todo lugar que vocês verem vai estar um QR Code que ali vai direcionar para a campanha que vai cair numa conta corrente e essa conta a gente vai depois transformar em cesta básica e distribuir em todo o estado", explicou.
O diretor comercial e presidente interino da Itatiaia, Bruno Bianchini, participou da solenidade e destacou o apoio da Rádio de Minas à iniciativa.
"A Itatiaia vê uma importância absoluta nessa campanha. Parabéns a Assembleia de Minas, através do seu presidente Agostinho Patrus, parabéns a todos nesse estado que se dedicam a vida do outro, que se dedicam a cuidar do outro de alguma forma e aqui a gente tem associações importantíssimas fazendo esse papel. É muito importante e necessário a gente alertar e conscientizar o povo mineiro, aquela pessoa do bem e que quer ajudar, que existe muita gente passando fome hoje no Brasil. A pandemia assolou esse país, assolou o nosso estado e de fato a fome é uma realidade hoje batendo na porta de muita gente. É nossa obrigação e nossa responsabilidade social da Itatiaia é olhar para essa campanha com olhos de fato de ajuda e de ajudar a sensibilizar o povo mineiro. Vamos juntos, a gente convida o nosso ouvinte para entrar nessa campanha, a gente convida o público inteiro em Minas Gerais para abraçar essa campanha e ajudar um pouquinho que seja, porque se cada um fizer sua parte a gente não tem dúvida que pode colocar comida na mesa muita gente ainda esse ano. Para a gente ter um Natal melhor, para a gente ter um Natal mais solidário e um Natal mais em paz.
Presidente da Assembleia Legislativa, Agostinho Patrus (PV), fez um discurso forte repleto de críticas ao governador Romeu Zema. Patrus ressaltou o auxílio emergencial estadual aprovado na ALMG como mecanismo de combate à fome e, sem citar o governador, lembrou a declaração feita em outubro, quando Zema disse que muitos beneficiários de programas sociais gastam dinheiro no bar, consumindo bebidas.
"Infelizmente no nosso estado ainda temos pessoas abastadas financeiramente e pobres de espírito que fazem e dizem que o auxílio que foi feito por essa casa, aquela mãe de família com os três filhos passando fomes e chorando em casa, será gasto num boteco. A que ponto nós chegamos? Repito aqui, abastado financeiramente, pobre de espírito e de empatia, que acha que a mãe que vê seus filhos chorar vai levar o dinheiro do seu auxílio a mesa do bar. A associação entre a pobreza e o álcool é uma construção do preconceito. Herança de um país escravista que procura manter a desigualdade", pontuou.