Como mandante na Série B, Cruzeiro teve aproveitamento inferior ao necessário para figurar no G4

Por Itasat

O grande objetivo do Cruzeiro na temporada, o acesso para a Série A, não foi alcançado. E um dos fatores que prejudicaram a campanha do time na segunda divisão foi o aproveitamento como mandante. Isso porque desde a estreia na Série B, em 2020, o clube celeste ainda não conseguiu impor a sua força dentro de casa.

Até agora, em 18 jogos atuando em seus domínios, o Cruzeiro somou 24 pontos. Foram cinco vitórias, nove empates e quatro derrotas, um aproveitamento de 44,44%. Caso vença o Náutico, na próxima quinta-feira (25), no Gigante da Pampulha, o time de Luxemburgo alcançaria 47,23% aproveitamento.

Em 2020, foram 19 jogos em Belo Horizonte e a Raposa conseguiu somar 25 pontos, com seis vitórias, seis derrotas e sete empates, um aproveitamento de 43,85%. 

Fazendo um recorte dos campeonatos de 2020 e de 2021 (faltando ainda uma rodada para o fim da competição), o aproveitamento do Cruzeiro como mandante esteve distante do que foi necessário para garantir o acesso.

O Botafogo, campeão da Série B e melhor mandante da competição nesta temporada, alcançou 15 vitórias, um empate e duas derrotas em 18 jogos, com um aproveitamento de 85,1%. A equipe do técnico Enderson Moreira ainda fará mais um jogo no Nilton Santos, no próximo domingo (28), contra o Guarani.

Os outros três times que completam a zona de acesso para a Série A também possuem bons números atuando em seus domínios. O Coritiba (2º) e o Goiás (4ª) alcançaram 66,67% de aproveitamento como mandantes.

Já o Avaí, que pulou para o terceiro lugar após bater o Náutico, registra 61,11% de aproveitamento jogando em casa. Todos esses números foram bem superiores ao desempenho do Cruzeiro, que não conseguiu alcançar pelo menos 50% de aproveitamento.

2020

Na Série B da última temporada, os quatro times que subiram para a primeira divisão também tiveram bons números quando atuaram em seus estádios, mesmo sem poder contar com o apoio do torcedor durante todo o torneio.

A campeã Chapecoense venceu 12 dos 19 jogos que fez na Arena Condá, além de seis empates e apenas uma derrota, um aproveitamento de 73,68%. América, Juventude e Cuiabá, que também conquistaram o acesso, tiveram aproveitamentos maiores que 64%.

Mudanças de casa

No decorrer da Série B, o Cruzeiro atuou em três “casas” diferentes: Mineirão e Independência, em Belo Horizonte, além da Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. No entanto, em todos esses estádios o time celeste teve dificuldades frente aos adversários.

No Gigante da Pampulha, foram 11 partidas, com três vitórias (Vasco, Confiança e Brusque), além de seis empates e duas derrotas. Já no Horto foram cinco jogos, com somente um triunfo, diante do Brasil de Pelotas. O time ainda empatou duas vezes e perdeu em duas outras oportunidades.

A terceira “casa” do Cruzeiro foi a Arena do Jacaré. Lá, a Raposa jogou duas rodadas da Série B, contra Ponte Preta e Operário. Venceu o primeiro confronto e empatou o segundo.

Na rodada derradeira da competição, ao lado do torcedor celeste, o Cruzeiro receberá o Náutico, no Mineirão, na próxima quinta-feira (25), às 20h. O jogo marcará ainda a despedida do atacante Rafael Sóbis, que anunciou sua aposentadoria dos gramados. Os ingressos para o duelo já estão à venda.