Por Itasat
Acontece nesta segunda-feira (29), às 19h, no clube do Barro Preto, uma reunião com os conselheiros do Cruzeiro sobre o projeto de transformação da Raposa em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
O encontro será com o presidente Sérgio Santos Rodrigues, com o presidente do Conselho Deliberativo, Nagib Simões, além de representantes da XP Investimentos, que está auxiliando o Cruzeiro na captação de investidores para a compra de ações do clube.
Além disso, estarão presentes membros das empresas Ernst & Young e Alvarez Marsal, que também estão trabalhando na transformação da Raposa em clube-empresa. Os conselheiros poderão enviar suas dúvidas antecipadamente, que serão respondidas durante a reunião.
Com o término da Série B do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro poderá seguir com os trâmites legais para a transformação do clube em SAF. A previsão da diretoria celeste é que o processo seja concluído ainda em dezembro. Em entrevista recente à TV Globo, Sérgio Rodrigues afirmou que a Raposa já deve disputar o próximo Campeonato Mineiro com o seu novo CNPJ.
Após a transformação em clube-empresa, é que o Cruzeiro poderá ter suas ações compradas por um investidor. A expectativa é que isso aconteça ainda no primeiro trimestre de 2022.
O que muda com a transformação em SAF?
O Cruzeiro será dividido em dois CNPJs: a associação esportiva e os eventuais investidores. A ‘Associação Cruzeiro’ será detentora de 100% do capital social da Sociedade Anônima e manterá os ativos intangíveis, como por exemplo, os direitos desportivos e propriedade intelectual, que estão sendo avaliados economicamente.
A Associação Cruzeiro permanecerá como acionista majoritária, com 51% do capital social. Atualmente, o clube detém 100%, mas poderá vender aos investidores até 49% da parte, “continuando como controlador da operação”.
Sendo SAF, grande parte das receitas do Cruzeiro, como direitos de transmissão, direitos econômicos de atletas, programa de sócio-torcedor, além de publicidade e patrocínio, ficará sob a gestão dos investidores. Será criado um conselho de administração, que irá nomear um CEO e uma diretoria à parte do clube.
Segundo a proposta, 20% da arrecadação da SAF serão destinados ao pagamento de dívidas do clube. A prioridade será quitar débitos mais onerosos, mas o dinheiro também poderá ser usado para investir no elenco e na infraestrutura das Tocas I e II.