Por Itasat
Dias após o anúncio da venda de 90% das ações da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Cruzeiro para Ronaldo ‘Fenômeno’, muitas dúvidas surgiram nos torcedores celestes. Uma delas, especificamente, é sobre a possibilidade da desistência do ex-atacante na compra do clube, após o processo da ‘Due Diligence’ – termo em inglês que pode ser definido como uma auditoria.
Em entrevista à Itatiaia, durante uma live realizada na noite desta segunda-feira, o economista e fundador da Pluri Consultoria, Fernando Ferreira, disse que Ronaldo ainda não finalizou a compra do Cruzeiro, mas explicou que o ex-jogador assinou um documento após ter informações preliminares sobre a situação financeira da Raposa. A aquisição só será concluída após a equipe do ex-jogador se certificar que os dados repassados estão corretos.
“De fato ali não é um contrato de compra. O que o Ronaldo assinou é um memorando de entendimento de tudo que foi repassado até o momento. Conhece-se o balanço do Cruzeiro, a situação do Cruzeiro e obviamente que os dirigentes passaram para o Ronaldo informações prévias sobre a situação do clube. A partir de uma informação que foi passada, chegou ao entendimento de 'ok, vou comprar o Cruzeiro a partir dessas informações que eu recebi'. E o que é a auditoria? Nada mais é que do que se certificar que o conjunto de informações que foi repassado para o Ronaldo corresponde à realidade”, explicou.
Fernando Ferreira afirmou que Ronaldo poderá desistir do negócio, caso sejam encontradas informações que não foram repassadas. Contudo, é improvável que isso aconteça.
“O Ronaldo pode desistir do negócio. Vamos imaginar que ele encontre um monte de 'esqueletos' lá dentro, aí ele pode falar 'olha Cruzeiro, espera aí, a situação é completamente diferente do que a gente combinou, eu realmente não quero mais assumir o clube'. Isso pode acontecer? Sim. Isso costuma acontecer? Não. Quando você chega ao ponto de assinar o memorando de entendimento é muito difícil que a operação deixe de acontecer”, ressaltou.
“O que pode acontecer - e é até comum em operações de fusões e aquisições como essa - é que os termos sejam renegociados. A partir desse momento é que se vai cravar as condições desse investimento, que vai se refinar os valores, os prazos e as garantias desse investimento. Operações como essa não costumam ser abortadas, elas já estão em uma sintonia fina. Acho pouco provável que essa operação seja revertida”, finalizou.