Por Itasat
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou em entrevista coletiva, após receber alta hospitalar nesta quarta-feira (5), que é “maldoso” dizer que ele estava de férias. Bolsonaro estava internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, desde segunda-feira (3), com dores causadas por uma obstrução intestinal.
Segundo Bolsonaro, "coisas fantásticas, que dificilmente outro governo estaria fazendo" foram realizadas durante o recesso de fim de ano. "O presidente não tem férias. É maldoso quem fala que estou de férias. Eu dou minhas fugidas de jet ski, dou lá uns cavalos de pau num carro no Beto Carrero", concluiu. No litoral catarinense, dias antes de ser internado, ele passeou de motocicleta, de moto aquática, visitou um parque onde se apresentou como piloto de manobras. A rotina no litoral rendeu críticas por Bolsonaro não ter interrompido o recesso para acompanhar os alagamentos na Bahia, Estado atingido por fortes chuvas.
Entre os feitos realizados no período, Bolsonaro citou a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos e a liberação de R$ 200 milhões para obras emergenciais nas cidades atingidas pelas chuvas.
Ele voltou a ironizar a imprensa. "Durante esses dias todos de férias, aproveitando a Folha de São Paulo, porque sancionar um projeto de desoneração da folha não é fácil, porque tem implicações jurídicas contra minha pessoa. Se eu errar em um veto ou em uma sanção, estou em curso de crime de responsabilidade, porque desoneramos 17 carreiras, 17 atividades", disse o presidente.
O chefe do Executivo estava em recesso desde 17 de dezembro de 2021, e passava o réveillon no litoral de Santa Catarina, quando foi acometido por dores abdominais e precisou ser hospitalizado, na madrugada de segunda-feira (3).
Bolsonaro negou que a internação esteja relacionada com alguma forma de promoção política e disse que o questionamento é uma “agressão aos médicos”. "Agora falar que eu estou me vitimizando, estão de brincadeira comigo, né?", retrucou.
O presidente afirmou que “não queria” estar nesta situação, e que tinha previsão de retornar para Brasília na terça-feira (4). A volta às funções foi adiada por conta da internação.