Por Itasat
O governador Romeu Zema (Novo) solicitou ao Ministério de Minas e Energia a suspensão da cobrança da bandeira vermelha nas contas de energia elétrica dos mineiros, que pagam pela tarifa de escassez hídrica desde setembro passado.
A previsão inicial do Governo Federal é que a cobrança fosse mantida até abril; entretanto, em função dos fortes temporais registrados entre dezembro e o início de janeiro, que deixaram 341 municípios mineiros em emergência, os reservatórios estão cheios e cresceu a pressão para que a taxa seja suspensa no território estadual.
O pedido de suspensão foi confirmado por Zema em publicação no Twitter na tarde de quinta-feira (13).
“Neste momento de recuperação econômica dos efeitos da pandemia, agravado pela crise das finanças estaduais, em que somos atingidos por chuvas que ocasionam verdadeiro cenário de guerra, a solidariedade com os mineiros é emergencial”, escreveu. Ainda em relação à tarifa extraordinária, ele defendeu que Minas Gerais não pode ser penalizada “com o custo determinado pela Câmara de Gestão Hidroenergética e aplicado pela ANEEL”.
Determinada em setembro passado em meio a um cenário de escassez hídrica, a bandeira vermelha da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em seu segundo patamar, como é cobrada, prevê aumento de R$ 9,492 para cada 100 kWh consumidos. À época, a Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG) criou ainda a bandeira de escassez hídrica para pagar pelos custos excepcionais do acionamento de usinas térmicas – com ela, a cobrança na conta de luz sobe para R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos.