Por Itasat
O ano de 2022 será marcado pela mudança no setor da educação no Brasil devido à implantação do novo Ensino Médio. Autoridades em educação afirmam que a metodologia dos últimos três anos do colégio já estava muito antiga e não se aplica ao mercado de trabalho atual e, por isso, foi necessário esse novo modelo, que, inclusive, entra em vigor agora em fevereiro.
Além de atualizar o conteúdo, a forma de ensinar e a divisão da carga horária, um dos principais objetivos do novo Ensino Médio é despertar novamente o interesse para os estudos.
De acordo com dados recentes do IBGE, quase 60% dos estudantes que iniciam o Ensino Médio não o terminam.
Nesta semana, a Itatiaia faz um raio-X dessa mudança e traz o que você precisa saber sobre o novo ensino. Para começar, a Rádio de Minas ouviu a Superintendente de Políticas Pedagógicas da Secretaria de Educação de Minas Gerais, Esther Nunes Barbosa. Ela detalhou a proposta para a rede estadual de ensino.
“O novo Ensino Médio surge para o cumprimento de uma legislação federal que fez alterações na estrutura tanto na rede pública quanto na rede privada, em que tem uma extensão da carga horária disponível para a escolarização dos estudantes. Essa extensão vem acompanhada com uma nova organização pedagógica em que o estudante passa a ser o centro da atenção sobre o processo educativo. Ele passa a ser o protagonista da sua educação, construindo um projeto de vida e também o seu percurso formativo”, afirmou.
De acordo com a superintendente, houve aumento da carga horária em quase 200 horas por ano, além de ter passado de cinco para seis aulas diárias.
“Em carga horária, a gente tinha até então 833 horas anuais de aula pro Ensino Médio. Passamos, a partir de agora, mil horas anuais. No dia a dia, a gente tem cinco tempos de aulas diárias. Passaremos a ter seis aulas diárias. Em casos excepcionais, teremos as cinco aulas e uma vez por semana, no contraturno, também cinco aulas. Em casos de escolas do campo, escolas indígenas, que têm organizações próprias, dependem de transporte escolar e vai ser organizado de acordo com a melhor organização para os estudantes”, complementou Esther Nunes Barbosa.
Esther ainda falou sobre a possibilidade do aluno escolher quais extensões ele pretende fazer. Contudo, alertou que isso ocorrerá apenas neste ano.
“Em 2022, teremos o novo Ensino Médio nesse novo formato apenas para o primeiro ano. No primeiro ano, o estudante vai experimentar formas diferenciadas de estudar o Português, a Matemática, a História, cada uma das disciplinas de componentes curriculares que vai experimentar de forma aprofundada e, ao final do ano, ele vai escolher qual delas vai se aprofundar. Em 2023, ele passa a fazer itinerários formativos, com uma carga horária maior na área de conhecimento que escolher. Então, 2022 o primeiro ano do Ensino Médio, 2023 o segundo ano e, em 2024, todos os anos do Ensino Médio estarão nesse novo formato”, concluiu Esther Nunes Barbosa.