Por Itasat
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), voltou a defender a aprovação da adesão ao Regime de Recuperação Fiscal. O assunto virou motivo de constantes embates entre o Executivo e o Legislativo. Em Brasília, ele disse que a Assembleia Legislativa de (ALMG) teme pautar o texto, classificado por ele como essencial para recomposição salarial dos servidores.
Zema chegou a recorrer, por duas vezes, ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar obrigar a votação. "O plano de recuperação econômica de Minas Gerais ou regime de recuperação fiscal é a pauta mais importante do estado, à frente de qualquer outra. Minas Gerais deve e está sendo cobrada R$ 140 bilhões ao governo federal", disse.
Zema explica que Minas Gerais deve à União R$ 40 bilhões de valores não pagos devido a liminares. O Regime de Recuperação Fiscal possibilita ao estado pagar o valor, de maneira parcelada, em 30 anos. "A adesão ao plano de recuperação econômica proporcionará a recomposição salarial para todas as categorias, educação, saúde e segurança", ressaltou.
Zema participou da reunião do Fórum Nacional de Governadores que discutiu, entre outros assuntos, a alta dos preços dos combustíveis. O governador de Minas falou do apoio do grupo a proposta que está sendo debatida pelo Senado que cria um fundo de estabilização dos preços.
"A proposta visa evitar que o combustível tenha tantas oscilações. É como se fosse um fundo em que, num momento como este, de preços altos, você usa recursos para ter um combustível mais barato. Em momentos de preços baixos, você recompõe esse fundo", detalha.
Também foi debatido no Fórum Nacional de Governadores o reajuste do piso nacional dos professores. "Muitos governadores e muitos prefeitos estão apreensivos porque isso significará para algumas cidades e estados, um desembolso com o qual eles não contavam", afirmou.
Outro tema foi a situação da covid-19. "Em Minas, estamos assistindo uma estabilização no número de casos e tudo indica, segundo os estudos da Secretaria de Saúde, que teremos um número menor de infectados nas próximas semanas, com uma situação confortável já no próximo mês", completa.