Por Itasat
Há exatos 41 dias, o técnico Cuca se reunia com a cúpula do Atlético e, por meio de bate papo virtual, comunicava que não seguiria no clube em 2022. Após conquistar Mineiro, Brasileiro e Copa do Brasil, e de ótima campanha também na Libertadores, o comandante de 59 anos preferiu se dedicar exclusivamente à família, radicada em Curitiba, e não cumprir o vínculo que iria até dezembro deste ano.
Na última sexta-feira (4), o treinador mais vencedor da história do alvinegro recebeu a Itatiaia em sua casa, no bairro de Santa Felicidade, e, em entrevista exclusiva, respondeu vários questionamentos que surgiram desde a sua saída do clube pelo qual, em duas passagens, fez 224 partidas e conquistou seis títulos. Curtindo o período sabático ao lado das mulheres de sua vida (esposa, mãe, filhas e neta), ele acompanhou a busca do Galo pelo sucessor e aprovou a escolha por Antonio Mohamed, técnico argentino de 51 anos.
Perguntado pela reportagem se, de fato, chegou a sinalizar o desejo de voltar atrás e seguir trabalhando na Cidade do Galo, ele foi enfático e negou veementemente ter ligado para membros Rodrigo Caetano, diretor-executivo, ou membros do colegiado (4 Rs), e se oferecido.
"Não é verdade. Eu já tinha tomado minha decisão e comunicado o Rodrigo. Estava torcendo para que as coisas acontecessem da melhor forma para o Atlético, até para ele não perder tempo, já que tem uma decisão dia 20 (contra o Flamengo), mas já deu tudo certo e acho que fez uma boa escolha com o Mohamed. Daquela vez que jogamos contra o Tijuana (em 2013) deu para ver que o time dele era muito bem montado. A estrutura está toda ali, o time já tem padrão de jogo, os encaixes ele vai fazer da maneira dele, mas o principal ele tem que é um ambiente formado, positivo e vencedor. Agora ele põe o jeito dele de trabalhar porque tem tudo para ser um ano bom também", destacou Cuca.
Rivais em 2013, nas quartas de final da Libertadores, Cuca e El Turco tiverem um contato interessante após a classificação atleticana sobre o Tijuana-MÉX, no duelo que ficou conhecido como 'Milagre do Horto'.
"Uma coisa me marcou dele, sabe? Quando acabou o jogo, ele foi até o nosso vestiário, fumando um charuto, enquanto no dele o pau estava quebrando, porque não era para o Riascos bater o pênalti, era outro. Ele parou para conversar comigo sobre o próximo adversário que era o Newells, que ele conhecia muito bem. Foi uma coisa que me marcou bastante", lembrou o 'comandante do triplete'.