Estudantes da PUC Minas questionam protocolo contra covid-19 para volta às aulas: ‘Absurdo’

Por Itasat

A volta às aulas presenciais na PUC Minas, marcada para o dia 21 deste mês, gera polêmica entre os alguns estudantes. Muitos deles questionam o protocolo de retorno criado pela instituição e apontam falhas, como falta de aulas remotas para quem testar positivo para covid-19, distanciamento estipulado inadequado, a não contratação de professor substituto em caso de infecção do titular e indisponibilidade do sistema híbrido, para o aluno que não se sentir seguro em retornar neste momento.   

À reportagem da Itatiaia, alguns estudantes classificaram o protocolo como ‘absurdo’. “A PUC teve tempo suficiente para realizar as devidas adaptações, porque ainda estamos em um cenário de pandemia. É importante a gente lembrar isso. Mas a universidade elaborou um protocolo com várias falhas que não garante a segurança dos alunos. O documento informa, por exemplo, que não há mais metragem definida para a distância, como se não houvesse mais risco de contaminações”, disse uma estudante, que pediu para não ser identificada.   

A universitária também aponta que o estudante contaminado com covid-19 não terá acesso às atividades remotas durante o período de afastamento. “Ou seja, a gente não descarta a possibilidade de alguns alunos, para não perder dez dias de aula, irem com covid para aula, colocando outros colegas em risco”, disse.   

Outro estudante reclama da não previsão para contratação de um professor substituto, caso o titular se contamine. De acordo com ele, o protocolo informa que as atividades serão suspensas caso docente esteja impossibilitado de ministrar aulas, o que, na avaliação dele, representa um prejuízo para os alunos.   

As manifestações contra o protocolo também aparecem nas redes sociais. No post do Instagram que a instituição confirma a retomada das aulas presenciais, há vários questionamentos.  

“Abri mão de tanta coisa durante os últimos dois anos, evitando aglomerações, para ser obrigado a frequentar diariamente um ambiente fechado com 50 pessoas em pleno pico da pandemia. No final das contas, deixei de ter o meu lazer, para ser exposto ao risco, do mesmo modo, na Universidade. Fui feito de bobo, era melhor ter saído para as festas...”, escreveu um internauta.  

“Só acho que deveria exigir a vacinação, pelo menos a primeira dose. Se a pessoa não quis tomar arque com as consequências”, diz mensagem de outra aluna.  

“Aumentam a mensalidade, mas não podem dar o suporte para quem pegar COVID né? Aiai”, questiona uma internauta.  

Há também mensagens que comemoram o retorno presencial. “Sejam firmes! Todas as escolas já estão em aulas presenciais!”