Por Itasat
Cruzeiro e Villa Nova ficaram no empate em um jogo movimentado no Independência, neste domingo (20). Mais uma vez, a atuação da arbitragem gerou reclamações do lado cruzeirense. Na entrevista coletiva após a partida, o técnico Paulo Pezzolano demonstrou a insatisfação com os juízes mineiros.
"Vejo coisas estranhas. Eu estou todo jogo falando com os jogadores, mas parece que estou falando com os árbitros. Levanto os braços, fico bravo com meu jogador e tem um quarto árbitro do nosso lado vendo tudo, se piso dentro da linha, fora da linha. Fica difícil trabalhar assim. Eles têm que melhorar e preocupar menos com o técnico. Eu levantei o braço para o jogador e eles acharam que era para eles. Depois do amarelo, fiquei bravo porque já estava fora do próximo jogo. Eu sou um cara muito intenso, mas nunca falta respeito. Eles ficam 98 minutos olhando o que fazemos. É impossível trabalhar assim. Você fica louco quando vê que no segundo gol era um escanteio para gente. É bravo", desabafou.
O uruguaio foi expulso ainda no primeiro tempo, logo após o segundo gol do Villa Nova. Instantes antes, o árbitro errou na marcação de um tiro de meta pra o Leão do Bomfim, o que seria um escanteio para a Raposa.
Por conta do cartão vermelho, o treinador não poderá ficar no banco de reservas na partida contra o Atlético, no dia cinco de março, sábado. Para ele, a ausência não será um problema.
"Não tem problema. Temos uma comissão técnica que vai muito bem, trabalhamos em equipe. Não vai ter problema. Vamos estar juntos e vamos olhar para frente", disse.
O alto número de quedas de jogadores do Villa Nova para atendimento também desagradou Paulo Pezzolano. Por conta do tempo gasto pelos atletas do Leão do Bomfim, o período de acréscimos no segundo tempo foi de 10 minutos.
"Sabemos que isso vai acontecer. A gente joga como time grande, indo para frente, sufocando o rival. Se o árbitro deixa ou não, não é nosso tema. Não é só no Brasil, é no mundo. Quando um time vai jogar, o outro gasta tempo. Tem que aprender que tem que dar oportunidade para jogar. Quando um vai para o chão, outro vai para chão, estão ganhando tempo. Então eles têm que deixar jogar. Se não, não tem jeito e complica o time que quer jogar, quer vender o espetáculo para fora, um futebol intenso. Isso tem que melhorar na arbitragem para fluir melhor o jogo", disse.
Falando do jogo em si, o uruguaio esteve satisfeito com o desempenho do Cruzeiro. Ele elogiou a paciência para manter a posse de bola e destacou as atuações dos jovens. Daniel Júnior e Vitor Roque se destacaram na partida.
"Hoje foi um jogo que vi melhor o time. No primeiro tempo, rodamos a bola, tivemos paciência para buscar os espaços. A torcida fica intensa, porque quer que joguemos para frente, mas a gente faz esse trabalho para ter um espaço mais aberto para ficar com melhores oportunidades de gol. Fiquei muito contente com os meninos que jogaram, fizeram muito bem, eles tem qualidade para jogar e vão seguir crescendo", disse.