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Ataque russo

‘O Brasil não está neutro’, afirma Mourão ao defender a Ucrânia

O vice-presidente destacou ainda que o Brasil não concorda com a invasão das tropas russas e ‘respeita a soberania da Ucrânia’

24/02/2022 12h40
Por: Redação

Por Itasat

O vice-presidente Hamilton Mourão disse que o Brasil não apoia a invasão das tropas russas à Ucrânia. A afirmação foi feita, nesta quinta-feira (24), após ele ser abordado pela imprensa na entrada do Palácio do Planalto. No entanto, até o momento, o presidente Jair Bolsonaro optou por permanecer em silêncio.

“A gente tem que olhar sempre a história. A história ela ora se repete como farsa, ora se repete como tragédia. Nessa caso, ela está se repetindo como tragédia”, disse Mourão ao ser perguntado como ele enxerga o ataque russo. Além disso, o vice-presidente destacou que o “Brasil não está neutro” e que “respeita a soberania da Ucrânia”.

“O Brasil não concorda com uma invasão do território ucraniano. Isso é uma realidade [...] Se o mundo ocidental pura e simplesmente deixar que a Ucrânia caia por terra, o próximo será a Bulgária, depois os Estados bálticos e, assim sucessivamente, assim como a Alemanha hitlerista fez nos anos 30”, disse.

No fim desta manhã, o Palácio do Itamaraty divulgou nota afirmando que o “Governo brasileiro acompanha com grave preocupação a deflagração de operações militares pela Federação da Rússia contra alvos no território da Ucrânia”.

Além disso, conforme o comunicado, o Brasil “apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações conducentes a uma solução diplomática para a questão, com base nos Acordos de Minsk e que leve em conta os legítimos interesses de segurança de todas as partes envolvidas e a proteção da população civil”.

“Como membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil permanece engajado nas discussões multilaterais com vistas a uma solução pacífica, em linha com a tradição diplomática brasileira e na defesa de soluções orientadas pela Carta das Nações Unidas e pelo direito internacional, sobretudo os princípios da não intervenção, da soberania e integridade territorial dos Estados e da solução pacífica das controvérsias”, concluiu o Ministério das Relações Exteriores.