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Brasileira cede fazenda na Romênia para abrigar refugiados da Ucrânia

'A situação é caótica na fronteira, e as filas são quilométricas', relata Maria Thereza

02/03/2022 09h09
Por: Redação

Por Itasat

Triângulo verde mostra área da fazenda, e linha vermelha retrata a fronteira entre Romênia e Ucrânia

A brasileira Maria Thereza Cunha Bueno cedeu uma fazenda de propriedade de sua família na cidade de Siret, na Romênia, bem na fronteira junto à Ucrânia, para que o local seja transformado em ponto de apoio para abrigar refugiados da guerra gerada pela invasão da Rússia.

O local, que fica exatamente na fronteira com a Ucrânia, com a cerca dividindo os países estando dentro da fazenda, vem recebendo refugiados da guerra desde a última quinta-feira. "A situação é caótica na nossa fronteira e tem piorado a cada dia, as filas são quilométricas. Chegam até nós numa situação de total desespero, de desamparo. Não sabíamos que tinha tanto brasileiro na Ucrânia", conta.

A iniciativa acabou sendo apoiada pela própria embaixadora brasileira na Romênia, Maria Laura Rocha, que criou, na fazenda, um posto consular avançado para auxiliar brasileiros no local. 

"Na segunda foi enviado um time para a fazenda e já montaram um posto consular avançado para receber esses brasileiros que cruzem por Syret", explica Maria Thereza.

"A gente espera que os brasileiros possam usar nossa casa de apoio, que possam sair em segurança. Pedimos oração aos funcionários do consulado, que sejam firmes", desabafa a brasileira.

Temor de poloneses

Os jornais poloneses estampam nesta quarta-feira (2), o aumento da ofensiva russa na Ucrânia e junto a isso a preocupação do povo polonês em um escalonamento dessa guerra. O temor é que o exército russo possa atacar outros aliados da Ucrânia, principalmente na região da Polônia e da Ucrânia.  

A situação ainda é muito tensa e complicada. A reportagem da Itatiaia seguirá para a cidade polonesa de Lublin, próximo à fronteira com a Ucrânia, onde estão montados os primeiros postos de centros de atenção e auxílio aos refugiados da guerra. A movimentação também é intensa de pessoas chegando e saindo dos aeroportos, visando fugir do país ou chegando para auxiliar esses refugiados.