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Projeto de lei

Envolvimento em brigas pode gerar proibição de ir ao estádio por 10 anos em Minas, prevê PL

Autor da proposta, deputado João Vítor Xavier defende separar "torcedores de bandidos"

07/03/2022 10h57
Por: Redação

Por Itasat

O futebol mineiro presenciou novas cenas lamentáveis antes do clássico entre Atlético e Cruzeiro, nesse domingo (6). Integrantes de torcidas organizadas brigaram em, ao menos, três pontos de Belo Horizonte. O conflito mais grave ocorreu entre os bairros Boa Vista e São Geraldo, região Leste da capital, onde um torcedor morreu após ser baleado. 

O conflito gerou uma série de manifestações e colocou em evidência um Projeto de Lei (PL) que pretende endurecer as punições para brigas entre torcidas. De autoria do deputado João Vítor Xavier (Cidadania), o texto consiste em proibir, por 10 anos, a entrada nos estádios de envolvidos em confusões. 

"O futebol brasileiro chegou ao fundo do poço. Está na hora de uma reação enérgica da sociedade se ainda quisermos que as pessoas de bem possam visitar os estádios. É preciso uma força-tarefa do Ministério Público, policiais, Legislativo, Executivo, Judiciário, sociedade civil organizada e clubes de futebol para que bandidos sejam tratados como bandidos", afirmou. 

"O que vimos nos últimos dias em Belo Horizonte, no Gre-Nal [no Rio Grande do Sul] , na Bahia, no Paraná, nas estações de São Paulo, são coisas de bandido, não de torcedor de futebol. Precisamos impedir que bandidos tenham acesso aos estádios de futebol para usar o futebol como escudo para seus crimes", completou. 

Recentemente, uma briga de grandes proporções entre as principais organizadas de Atlético e Cruzeiro aconteceu no Mineirão. Na partida entre Brasil e Paraguai, torcedores se enfrentaram dentro do estádio. Por isso, a Galoucura foi suspensa por seis meses. A Máfia Azul também está punida por conta de episódios de violência. 

Senado

Em cenário federal, o senador por Minas Gerais Alexandre Silveira (PSD) revelou que vai apresentar um projeto para ampliar o período de reclusão para pessoas que cometerem crimes ligados ao futebol. Para ele, há um problema na legislação brasileira atual, que, conforme o parlamentar, é frouxa para esse tipo de infração.

"Estamos apresentando amanhã a rixa qualificada, em que a pena será de dois a quatro anos de reclusão. Não terá a condição de ser lavrado o termo circunstancial de ocorrência. É um agravante importante. Ou seja, uma modernização da nossa legislação, permitindo que a justiça leve esses animais para a cadeia", disse em entrevista.