Por Itasat
Uma das poucas regiões não tomadas pelas tropas russas, os arredores de Lviv, no oeste da Ucrânia, têm virado uma imensa trincheira de guerra montada pelo exército ucraniano. Enquanto isso, aumenta a quantidade de civis que tentam abandonar a localidade como podem e fugir para a Polônia. O enviado especial da Itatiaia ao Leste Europeu, Lucas Ragazzi, esteve na cidade e testemunhou a fuga dos moradores.
O brasileiro Rodolfo Caires atua em um grupo que tem cruzado a fronteira entre os países para ajudar refugiados e relatou à reportagem que a cada dia, com a possibilidade de um ataque, os moradores tentam fugir no desespero.
"Esse trajeto foi bem diferente dos demais. As fronteiras da Polônia com a Ucrânia agora estão muito mais cheias. Onde eu tinha passado há dois dias agora está cinco, seis vezes com movimento maior. Tem muita gente chegando, muito ônibus, muita mulher com criança tentando fazer a travessia a pé", detalha.
O repórter da Itatiaia relata o aumento das abordagens dos militares ucranianos, desconfiados com espiões e transporte de materiais.
"Durante nossa viagem, principalmente à noite, fomos parados diversas vezes por veículos militares e em checkpoints escondidos nas rodovias perguntando qual era nosso objetivo e checando nossa documentação".
Outra dificuldade enfrentada no transporte é encarar as estradas destruídas propositalmente pelos ucranianos para prejudicar o avanço do Exército Russo.