Por Itasat
O governador Romeu Zema (Novo) anunciou, na manhã desta sexta-feira (11), na Cidade Administrativa, que não irá atender ao pedido de recomposição salarial de 24% das forças de segurança de Minas. Apesar disso, o chefe do Executivo propos aumentar o auxílio fardamento para quatro parcelas de R$ 1,8 mil. A proposta anterior do governo e três parcelas no mesmo valor. Atualmente a categoria recebe apenas uma.
Segundo Zema, não é possível conceder aumento para a segurança superior aos 10%, proposto a todos os servidores estaduais. "Não posso ser irresponsável", afirmou. A proposta também prevê o reajuste retroativo a janeiro para servidores da Segurança e Saúde. A medida anterior era retroativa apenas para servidores da educação.
Em estado de greve desde o dia 21 de fevereiro, a categoria pede que o governo de Minas cumpra um acordo realizado em 2019, que previa recomposição salarial dos servidores das forças de segurança anualmente, de 2020 a 2022. Policiais civis, militares e penais reivindicam reajuste de 24%. O governo ofereceu 10% a todos os servidores estaduais.
De acordo com Zema, Minas Gerais tem um custo que excede o que a legislação permite, e possui limitadores legais e financeiros.
“Gostaria de dar mais [maior valor de reajuste], seria uma maravilha, mas, para mim, o que vale mais é a responsabilidade”, afirmou o governador.
Zema também aproveitou a coletiva para parabenizar e agradecer as forças de segurança pelo papel que desempenham no estado, já que dados do Ministério de Justiça e Segurança Pública apontaram, em 2021, que Minas é o estado mais seguro do Brasil.
"Queria agradecer a todos os comandantes que negociaram defendendo suas categorias, mas não temos o que esconder, inclusive eu sempre cito no meu discurso. Minas está em primeiro lugar no ranking da transparência. Não temos o que esconder. Está aqui as contas. De onde vamos tirar recursos? É uma satisfação enorme e um exemplo para todos os estados do Brasil”, afirmou Romeu Zema.