RR MÍDIA 3
Coperlidere
Greve

Greve dos policiais: Zema fala em punição a servidores que participarem de protestos ilegais em MG

Governador voltou a afirmar que estado chegou no limite de recomposição salarial possível para os servidores da segurança

17/03/2022 08h15
Por: Redação

Por Itasat

Zema assegura direito de manifestações, desde que não "prejudiquem a vida do cidadão"

O governador de Minas, Romeu Zema, advertiu que manifestações e greves ilegais não vão ser toleradas no estado e que o servidor que participar terá que responder legalmente pelos atos. A posição é dada em entrevista exclusiva ao repórter Renato Rios Neto, veiculada no Jornal da Itatiaia 1ª Edição desta quinta-feira (17), em meio a protestos das forças de segurança.

"Toda manifestação é um direito. Eu só quero alertar que o que não concordamos é que qualquer manifestação prejudique a vida de quem trabalha, viaja, leva o filho para a escola. O direito de ir e vir é assegurado a todo cidadão", afirmou. 

"Eu sou optante do legalismo. Se alguém está em greve, não está trabalhando, e essa greve é ilegal será responsabilizado por isso. Se alguém está em uma manifestação que atrapalha a vida do cidadão também", prosseguiu o governador. 

Na próxima segunda-feira (22), servidores da segurança devem fazer novo protesto na porta da Cidade Administrativa. A categoria cobra por recomposição salarial de 24%, quantia que o estado, reiteradas vezes, disse não ser possível.  

"Queremos que, no futuro, este número seja ampliado. Mas temos que corrigir os problemas de Minas um por vezes. Não corrigimos problemas de décadas em três anos", afirmou Zema, que voltou a assumir ter errado ao prometer a recomposição salarial para a categoria em 2019.

"Reconheço que erramos. Uma coisa que ficou clara é que não podemos fazer compromisso pensando no futuro, sendo que o futuro é incerto. Naquele momento ninguém sabia que uma pandemia viria. A pandemia veio e a arrecadação do estado despencou", afirma. 

"Além disso, veio uma mudança legal que é a lei de responsabilidade fiscal que proíbe um estado, como Minas Gerais, de fazer um reajuste diferenciado para algumas categorias e acima da inflação do ano anterior. À medida que a situação do estado melhore, vamos proporcionar muito mais", declarou.

Ainda sobre as manifestações, Zema sugeriu que os movimentos ocorram aos fins de semana. "Geralmente, quem trabalha, como eu, só terá tempo no fim de semana. Me parece que tem tido manifestação de quem não trabalha. É algo questionável", opinou. 

ICMS x alta dos combustíveis

O governador voltou a dizer que o ICMS não é o culpado pela alta do preço dos combustíveis, em crítica ao projeto que unifica o imposto em todo o Brasil.

"Sou a favor de assegurar todo imposto, em um momento como este, em que o preço do combustível está ficando proibitivo. Congelamos o ICMS do estado em outubro, então está indo para quase seis meses, e o preço continua subindo. Ficou muito claro: não é o ICMS de Minas que faz o preço subir. O que faz subir é o aumento do petróleo e do dólar", afirmou.

Eleições

Sobre as eleições, Zema disse que não trabalha para ser eleito e sim para "fazer o certo".  "Meu objetivo é consertar Minas Gerais e voto, para mim, é consequência dos meus atos." Segundo ele, a decisão de quem será seu vice na tentativa de reeleição será tomada "lá para junho".