Por Itasat
Em uma votação importantíssima nessa segunda-feira (28), o Congresso peruano rejeitou o processo de impeachment do presidente Pedro Castillo, que assumiu o país há oito meses. Para que a destituição fosse aprovada, 87 votos eram necessários. Contudo, apenas 55 parlamentares manifestaram a decisão favorável ao impeachmente de Castillo.
Desde 2016, o Peru já soma cinco presidentes. Há quatro anos, o então presidente Pedro Pablo Kuczynski renunciou ao cargo após ser eleito dois anos antes. Ele também passaria por uma votação de impeachment, o que ocorreu com o vice de Kuczynski, Martín Vizcarra, em 2020. Presidente do Congresso Nacional, Merino tornou-se presidente do Peru, mas renunciou oito meses depois. Antes de Castillo, o cargo foi comandado por Francisco Sagasti.
O governo Castillo tem sido marcado por muitas mudanças de ministros em apenas um e meio no cargo, embora a votação tenha amenizado a crise política do país, com uma troca excessiva de presidentes nos últimos anos.
Antes da votação, Pedro Castillo afirmou que a votação pelo impeachment era uma “o eixo central da agenda política e jornalística desde a eleição” e que “isso não pode continuar”.
Conforme uma pesquisa do instituto IEP, divulgada durante o último fim de semana, o governo do atual presidente peruano é aprovado por cerca de 25% dos eleitores do país andino.
No Twitter, Castillo comemorou a votação que decidiu pela rejeição ao pedido de impeachment.
“Saúdo que prevaleceu o bom senso, a responsabilidade e a democracia. Reconheço os parlamentares que votaram contra a vaga e respeito a decisão dos que votaram. Convoco a todos para fecharem esta página e trabalharmos juntos pelos grandes desafios do país”, escreveu.