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Pandemia

Período 'pós-pandêmico' evidencia prejuízos na educação das crianças: 'esqueceram como se pega no lápis'

Pais relatam que crianças já não sabem fazer contas simples de matemática

08/04/2022 08h46
Por: Redação

Por Itasat

Após dois anos longe das aulas presenciais em Minas, alunos dos ensinos fundamental e médio - principalmente das redes estadual e municipal - apresentam retrocesso na aprendizagem. A falta de evolução na escrita, leitura e operações simples como, por exemplo, multiplicar e dividir, preocupa os pais. Há relatos que alguns estudantes esqueceram até de como se pega em um lápis.

O Rodrigo Marçal tem três filhos em escolas públicas e detalha o problema. "A insatisfação é muito grande. Nós conseguimos perceber que o ensino muito defasado. O sentimento é de que a atenção que deveria ser dada com a educação pra que o futuro fosse melhor, existe muito pouco.  Nós ouvimos muitas promessas em época de eleição, né? Mas o ensino ele é deficitário, é frustrante", disse.

A autônoma Virgínia, que também tem dois filhos em escola pública, fala sobre a no retrocesso de aprendizagem. "Meu filho tem oito anos, que está ainda no processo de alfabetização, a dificuldade foi muito grande. As notas já não são mais as mesmas, ele  não tem mesmo o aproveitamento escolar". Ela relata que o filho tem mais dificuldade em português, matemática e história.

A professora da rede municipal de Belo Horizonte Fabiana Gomes explica o que percebeu desde que as aulas presenciais voltaram. "Eles estão estranhando a rotina de sala de aula. Eles ficaram um ano e meio praticamente em casa, né? Eles adquiriram o  o costume de ficar com a câmera desligada. É um ambiente completamente diferente daquele da sala de aula. E a gente vê que alguns meninos tem muita dificuldade mesmo. Tem menino que estava no primeiro ano e, agora, voltou pra escola e está no quarto ano. Então assim, é uma defasagem enorme", contou.

Fabiana contou que  alguns pais relatam que os filhos até esqueceram como se pega no lápis. "A falta de costume de escrever realmente é gritante. Tudo era pela tela e foram poucas atividades pra escrita", afirmou.

A pedagoga com mestrado e doutorado em educação Daniela Montoani também é professora da UFMG e detalha o prejuízo que a falta das aulas presenciais durante a pandemia causou aos alunos. "Os impactos são  percebidos tanto pelos professores quanto pelos estudantes. Há questões de ordens diversas e comprometimento da aprendizagem desses estudantes que nós podemos, principalmente, dizer dos anos iniciais do ensino fundamental.  Claro que o impacto é em toda a educação básica, inclusive, na percepção de rotinas da sala de aula. Os professores tem percebido essa dificuldade de retomada das crianças desse processo de aprendizagem."