Por Itasat
Depois do Viagra... Próteses penianas. O Ministério da Defesa gastou cerca de R$ 3,5 milhões de reais para comprar 60 próteses penianas infláveis. O valor de cada uma varia entre R$ 50 mil e R$ 60 mil. As próteses têm entre 10 e 25 centímetros.
O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) foi quem revelou a compra nesta terça-feira (12).
"Depois de denunciar que o governo Bolsonaro aprovou a compra de 35 mil Viagras para as Forças Armadas, identifiquei gasto MILIONÁRIO com próteses penianas para o Exército", destacou o deputado em sua conta no Twitter.
As informações estão disponíveis no Portal de Transparência Governamental, que permite acessar dados sobre os gastos públicos mediante solicitação.
O Ministério da Defesa não respondeu nesta terça ao pedido de comentários da AFP sobre as compras de Viagra e das próteses penianas e não esclareceu a razão de ter adquirido as peças.
"O povo brasileiro sofre para conseguir medicamentos nas unidades de saúde e um grupo é atendido com próteses caríssimas", reclamou em nota enviada à AFP Vaz, que prometeu levar o caso ao Ministério Público Federal com o senador Jorge Kajuru (Podemos) para que possíveis irregularidades sejam investigadas.
Viagra
Na segunda-feira (11), foi revelado que As Forças Armadas aprovaram a compra de mais de 35 mil unidades de Viagra, que costuma ser utilizado para tratar disfunção erétil. A informação foi publicada na coluna da jornalista Bela Megale, do O Globo e confirmada através de dados do Portal da Transparência.
Pelo menos oito leilões para as compras foram realizados pelos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica entre 2020 e 2021, processos de compra que seguem válidos neste ano. Identificado pelo nome do princípio ativo Sildenafila, 28.320 unidades do remédio serão destinadas à Marinha. Além disso, 5 mil comprimidos serão encaminhados para o Exército e os 2 mil restantes para a Aeronáutica.
O produto é indicado para casos de disfunção erétil, assim como os compridos de Viagra, cuja compra foi revelada na segunda.
O Ministério da Defesa justificou as compras de Viagra para tratar "pacientes com hipertensão arterial pulmonar", patologia para a qual também se usa o medicamento.
O argumento não impediu que centenas de internautas brasileiros publicassem uma enxurrada de comentários sarcásticos nas redes sociais.