Por Itasat
Para enfrentar o Atlético, no Mineirão, pela Copa Libertadores, o América apostou em se fechar na defesa e explorar a velocidade dos atacantes para encaixar os contragolpes. E o resultado quase deu certo. O Coelho vencia por 1 a 0 até os 39 minutos do segundo tempo, quando o Galo conseguiu o empate após ter 80% de posse de bola e finalizar quase 30 vezes.
Após a partida, o técnico alvinegro Antonio Mohamed admitiu que ficou surpreso com a postura do América. “Nós não sabíamos que o rival jogaria dessa maneira. Pensamos outra tática”, disse o argentino valorizando a intensidade do time, que abusou dos cruzamentos na etapa final para tentar o empate.
“No segundo tempo, a estratégia foi cruzar a bola. No primeiro tempo, não. No primeiro tempo, jogamos como sempre jogamos. Faltou cruzar um pouco mais a bola, porque o América estava muito fechado e havia espaço pelos lados. Tivemos muita posse de bola, não finalizamos bem, mas temos que destacar a intensidade e a atitude da equipe de nunca se dar por vencida. Lutou até o final e conseguiu o empate, que é valioso porque somamos um ponto e tiramos dois pontos do rival”, destacou.
El Turco também explicou a escalação do zagueiro Godin ao lado de Nathan Silva. O uruguaio foi criticado por parte da torcida atleticana no lance do gol do América por não ter conseguido interceptar a tempo Felipe Azevedo no meio-campo. Inicialmente, o treinador evitou individualizar a análise: “É um jogador de hierarquia e já jogou contra jogadores rápidos. São situações que aparecem na partida. Não gosto de falar de uma situação em especial”.
No entanto, mais à frente na entrevista coletiva, Mohamed citou que a condição física dos jogadores é que está determinando as escalações. Por conta disso, sempre um ou os dois zagueiros são trocados a cada partida. Desta vez, Godin foi o escolhido para formar a dupla com Nathan Silva. Contra o Inter, Alonso tinha atuado ao lado do prata da casa. Já na vitória sobre o Tolima, o paraguaio e o uruguaio jogaram juntos.
“A parte dos zagueiros, às vezes, quando estão cansados, posso trocar. Tenho muito claro quem é mais rápido e quem é mais lento, quem tem mais experiência e quem tem menos. Mas agora foi competência. Os jogadores que tiverem o melhor nível são os que vão jogar. Tivemos viagem [à Colômbia para enfrentar o Tolima], o Júnior [Alonso] não jogava há algum tempo no futebol brasileiro e vinha de três jogos seguidos. Por isso trocamos”, explicou.
“A nossa intenção era atuar com jogadores que vinham mais descansados e que não tivessem tantos jogos. O Júnior [Alonso] há muito tempo não atuava. O Nathan tivemos que cuidar [foi substituído no intervalo pelo paraguaio] porque tinha cartão amarelo. O jogo não sai como a gente pensa. O Ademir entrou e fez o gol. Quando a equipe não ganha ou comete um erro, sempre a culpa é minha. Eu assumo a responsabilidade”, finalizou.