toque
Coperlidere
RR MÍDIA 3
Prefeitura de Sete Lagoas vacina
tensão

Marco Aurélio diz que deputado 'extrapolou limites do razoável', mas que STF deve reconhecer ato soberano do presidente

Ministro aposentado do Supremo questiona andamento de processo na Corte, e defende imunidade parlamentar

25/04/2022 10h08
Por: Redação

Por Itasat

O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, disse não ver "desvio de finalidade" na decisão do presidente Jair Bolsonaro de conceder o indulto ao deputado Daniel Silveira, condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão e perda de mandato pelos crimes de coação em processo judicial e tentativa de impedir o livre exercício dos poderes da União.

"Não vejo crime algum do presidente da República. Está exercendo o mandato, e foi eleito pela maioria absoluta dos eleitores", afirmou, em entrevista à CNN Brasil, Marco Aurélio, que classificou de "grande equívoco" o andamento do processo no tribunal, uma vez que seus ex-colegas não reconheceram "a inviolabilidade do deputado".

"Se tivesse sido reconhecida a inviolabilidade – a imunidade parlamentar –, não estaríamos com essa celeuma toda. Não teria havido implemento da graça. E ainda agora temos esse desdobramento (...) A graça está prevista no Código de Processo Penal. É um ato de soberania do presidente. Não cabe, sob a minha ótica, questionar este ato", argumentou Marco Aurélio Mello.

O ex-ministro disse considerar que o deputado Daniel Silveira "extravasou todos os limites do razoável", mas que o caminho não deveria ter sido o Supremo de imediato. "O que deveria ter feito o Supremo é ter acionado a Casa legislativa para ser instaurado um processo considerado de decoro. Ele [Silveira] incidiu em transgressão administrativa política relativa ao decoro”, afirmou Marco Aurélio Mello.