Por Itasat
O Cruzeiro tem um compromisso importante no próximo sábado (30), na Série B do Campeonato Brasileiro, contra a Chapecoense, na Arena Condá, em Chapecó. Brigando na parte de cima da tabela, a Raposa tentará somar mais três pontos para retomar para o G-4 da competição nacional.
Um dos jogadores de confiança do técnico Paulo Pezzolano, o lateral-esquerdo Rafael Santos sabe da dificuldade que encontrará atuando em Santa Catarina, local onde ele conhece bem, já que vestiu a camisa verde entre 2020 e 2021, e foi, inclusive, campeão da Série B (2020).
"Jogar em Chapecó em questão de gramado sempre foi tranquilo, sempre montam um gramado perfeito para nós jogarmos. A questão maior é o frio que pega nesta época do ano, está muito frio lá. A maioria das vezes chove à noite. O que vai dificultar é o frio, a gente sente mais, o pé fica gelado. Mas isso não pode ser desculpa da gente chegar lá e não fazer uma boa partida. Isso é o pior, acho que é o frio, o resto é tranquilo", disse em entrevista à Itatiaia.
A Chapecoense ocupa a segunda colocação na tabela com oito pontos, dois a menos que o Bahia, o líder, que tem dez. O Cruzeiro é o quinto colocado e tem sete.
“Sabemos que a Série B é um campeonato muito difícil e muito qualificado, que vem crescendo a cada temporada, com times qualificados e jogadores muito bons. Se a gente colocar o nosso trabalho em prática, puxando a torcida para o nosso lado, sempre com vitórias. A gente tem total qualidade de chegar ao final e garantir esse acesso brigando para ser campeão também. Todos os jogos serão difíceis, como estão sendo. Os times sempre vêm meio fechado para jogar contra a gente, então está sendo um pouco mais difícil. Mas temos que colocar em prática tudo que a gente treina será muito difícil ganhar da gente principalmente no Mineirão", analisou.
"Todo jogo está sendo uma decisão. A gente não está nem escolhendo jogo, porque todos serão difíceis. A gente vai brigar como uma decisão. A gente quer sempre brigar na ponta tabela, não queremos que aconteça o que aconteceu antes, de brigar no meio da tabela. Vamos buscar os primeiros quatro lugares. Se a gente entrou ali, não queremos sair mais", completou.
Confira outros pontos da entrevista com Rafael Santos
Cruzeiro não poderá atuar no Mineirão contra Grêmio e Remo. Jogar no Independência é um problema?
“Os dois campos têm gramado bom. Não temos do que reclamar do Mineirão ou do Independência. Sempre que jogamos lá estava em totais condições de jogar. Mas jogar no Mineirão é mais gostoso, em questão da nossa torcida tem o apoio ali. No Mineirão é muito gostoso. Mas no Independência também não tem nada de diferente, vira aquele caldeirão, como sempre foi. Tenho certeza que a nossa torcida vai nos apoiar, independente do estádio, e sei que vai lotar do mesmo jeito. A torcida é muito grande”
Reencontro com a Chape. Será que a lei do ex vai aparecer?
"Especial demais (fazer um gol na Arena Condá). A lei do ex, como eles falam, ela nunca falha. Tomara que seja para esse lado aqui (do Cruzeiro). Tem duas lei do ex, eu e o Willian (Oliveira), o volante. A gente tem duas oportunidades de fazer o gol. Tomara que possa ser consagrado para fazer um gol pelo Cruzeiro e trazer a vitória pra gente"
E o estilo de jogo com três zagueiros, que o Pezzolano usou contra o Londrina?
"O professor antes tinha conversado comigo sobre essa adaptação, se eu gostava de jogar com três zagueiros. Eu gosto, passa uma confiança maior para nós atacarmos. Sabíamos que seria um jogo em que ficaríamos mais no ataque. Puxamos mais os laterais para o ataque e tínhamos uma segurança maior na defesa. Como tínhamos dois jogadores de área, não sabíamos que eles colocariam uma linha de seis lá atrás (na defesa). Tive dificuldade para cruzar as bolas, estava muito retrancado (o Londrina), e eu estava tentando cruzar todas as bolas na área, porque tínhamos lá dentro o Rodolfo e o Luvannor, e tínhamos que usar os dois. Acabei errando uns três cruzamentos, porque eu tentava acha-los, mas o atacante deles estava me bloqueando bastante. Como estão vendo que temos um lado esquerdo forte, já estão vindo preparados. Nessa característica de jogo é muito boa para mim, para ajudar a equipe. Tendo jogadores bons na área, jogar com três zagueiros é bem tranquilo, é só questão de adaptação.
Acredita que a Chape também jogará fechadinha?
"Acredito que, pela Chape jogar em casa, e eles estão brigando entre os quatro, acho que não vão esperar a gente não, vão sair um pouco para jogar. Característica também, eles têm jogadores muito rápidos. Acho que eles sairão para jogar e isso nos ajuda muito"
Pezzolano faz planos de somar pontos em jogos blocados ou pensa jogo a jogo no Brasileirão?
"Pensamos jogo a jogo. Temos que pensar em trabalhar jogo a jogo, porque são times diferentes, jogam diferente. Pensamos jogo a jogo, porque depois que passar do Grêmio temos que mudar a chavinha (para a Copa do Brasil), temos que buscar uma classificação em casa (contra o Remo). Por isso, no momento, pensamos jogo a jogo, sabendo que todos os jogos serão difíceis. Não podemos deixar a nossa cabeça desviar achando que todo jogo será fácil"
Voltar para o Cruzeiro e renovar o contrato deixaram você bem feliz, né?
Estou em casa, estou muito feliz. Nunca deixei de ser feliz aqui. Sempre foi minha casa. Desde a base eu sou muito feliz e muito grato ao Cruzeiro, por tudo o que fez na minha vida. Essa felicidade sempre aumenta. Se Deus quiser, falo de novo, no fim do ano estarei mais feliz com o acesso, que vai chegar.
Você ganhou a Série B com a Chape em 2020. O Cruzeiro está no caminho certo?
"Vejo que o nosso grupo está unido demais. Isso é uma das coisas que precisam acontecer para buscarmos o acesso, união do grupo, do time, o Cruzeiro em torno, comissão técnica. Estamos sempre juntos conversando e isso é necessário para buscar o acesso no fim do ano. Foram apenas quatro rodadas, mas todos viram que estamos sempre buscando o gol, um algo a mais, mesmo no cansaço. Creio que a gente está no caminho certo sim".