Por Itasat
O técnico Paulo Pezzolano tem um jeito bastante intenso à beira do gramado quando está dirigindo o Cruzeiro. Agitado, o uruguaio chega a discutir com a arbitragem – seja o quarto árbitro o juiz central – na maioria das partidas e muitas vezes recebe o cartão amarelo por advertência. Em entrevista, o lateral-esquerdo Rafael Santos comentou o estilo do “professor” e disse que gosta.
“Ele é praticamente mais um jogador nosso, sempre está brigando com os árbitros e sempre nos apoiando em campo. Ele nos ajuda muito, joga junto com o time”, frisou.
Rafael Santos ainda comparou o estilo de Pezzolano no dia a dia dos treinos na Toca da Raposa II com a maneira do treinador trabalhar durante os jogos no estádio.
“Na beirada do campo o sangue ferve. Quando ele está com a gente [no CT] ele é tranquilo, a gente conversa. Mas quando está na adrenalina do jogo, o sangue dá uma fervida e ele fica um pouco exaltado”, contou.
O caso mais emblemático de reclamação de Pezzolano foi no clássico contra o Atlético, pela primeira fase do Campeonato Mineiro. O comandante celeste estava suspenso, mas acompanhou o jogo do camarote do Mineirão. Inconformado com a atuação do árbitro Igor Junio Benevenuto na derrota por 2 a 1 de virada, o treinador uruguaio desceu para o gramado ao fim da partida para reclamar com o dono do apito que deu um pênalti que gerou o empate do arquirrival e foi considerado injusto pelo clube celeste.
Na súmula, Benevenuto relatou que Pezzolano o chamou de “ladrão”. O treinador foi julgado no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-MG) e pegou dois jogos de suspensão. Contudo, o Cruzeiro conseguiu efeito suspensivo e contou com o uruguaio à beira do gramado.