Por Itasat
Em 200 dias, a Seleção Brasileira, Tite, Neymar e companhia passam a viver uma série de desafios na Copa do Mundo do Catar, que começa em 21 de novembro com um Senegal x Holanda, às 7h (de Brasília), no Estádio Al Thumama, mas que terá como confronto de abertura o Catar x Equador, que será às 13h (de Brasília), no Estádio Al Khor.
O Brasil, que encabeça o Grupo G, inicia sua caminhada em 24 de novembro, diante da Sérvia, às 16h (de Brasília), no Estádio Nacional de Lusail. É a partir do duelo contra os sérvios que tem início a caminhada brasileira em busca de marcas individuais e coletivas, sendo a maior delas a Copa do Mundo.
Para marcar os 200 dias para o início do Mundial 2022, a Itatiaia destaca dez desafios que a Seleção terá pela frente nos estádios catarianos:
1 – Evitar o maior jejum já vivido desde o primeiro título
Entre 1958 e 1970, o Brasil venceu três das quatro Copas do Mundo disputadas. A partir do México, passou a viver um longo jejum, que durou 24 anos e só foi encerrado em 1994, nos Estados Unidos. Agora, se a Seleção, que levantou a taça pela última vez em 2002, na Coreia do Sul e Japão, não alcançar o hexa, chegará em 2026, no Canadá, Estados Unidos e México com os mesmos 24 anos sem ser campeã do mundo.
2 – Manter a tradição de taças ‘fora do eixo’
Das 21 edições da Copa do Mundo já disputadas, apenas cinco não foram na Europa, que sediou o torneio 11 vezes, ou América do Sul (5). Três dos cinco títulos brasileiros foram nesses torneios, com a Seleção levantando a taça em 1970 (México), 1994 (Estados Unidos) e 2002 (Coreia do Sul e Japão).
3 – Superar um europeu em mata-mata
A caminhada final do Brasil em 2002 foi uma verdadeira Eurocopa, com o time comandado por Luiz Felipe Scolari batendo Bélgica (oitavas), Inglaterra (quartas), Turquia (semifinal) e Alemanha (final). Depois disso, nas últimas quaro Copas, sempre que a Seleção teve um europeu pela frente, em confronto de mata-mata, perdeu. Caiu nas quartas diante da França (2006), Holanda (2010) e Bélgica (2018). Em 2014, levou 7 a 1 da Alemanha, nas semifinais, e ainda perdeu a disputa do terceiro lugar para os holandeses (3 a 0).
4 – Buscar a 20ª estreia seguida em Copas sem derrota
O Brasil iniciou sua trajetória em Mundiais perdendo a estreia para a Iugoslávia por 2 a 1, em 14 de julho de 1930, em Montevidéu, no Uruguai. Quatro anos depois, num torneio todo disputado no formato de mata-mata, foi eliminado logo no primeiro duelo, pela Espanha, que fez 3 a 1 em 27 de maio de 1934, em Genova, na Itália. A partir de 5 de junho de 1938, os 6 a 5 sobre a Polônia, na prorrogação, em Estrasburgo, na França, deram início à série de 19 partidas de invencibilidade em estreias de Copas, com 16 vitórias e três empates.
5 – ‘Vingar’ os fracassos diante da Iugoslávia
A Sérvia é uma das repúblicas que formava a extinta Iugoslávia, adversária do Brasil por duas vezes em estreias nos Mundiais e que nunca foi derrotada. Além da derrota de 2 a 1, em 1930, no Uruguai, a Seleção Brasileira empatou com os iugoslavos por 0 a 0, em 13 de junho de 1974, em Frankfurt, na Alemanha, no primeiro empate brasileiro numa partida de estreia na competição.
6 – Manter a tradição de vencer as estreias ‘fora do eixo’
Nas cinco Copas que não foram disputadas na Europa ou América do Sul o Brasil sempre iniciou sua caminhada vencendo. Em 1970, no México, fez 4 a 1 na Tchecoslováquia, em 3 de junho, em Guadalajara. Depois de 16 anos, ganhou da Espanha por 1 a 0, no mesmo Estádio Jalisco, em 1º de junho. Nos Estados Unidos, em 1994, o time do tetra começou sua caminhada fazendo 2 a 0 na Rússia, em 20 de junho, em São Francisco. Em 2002, aplicou 2 a 1 na Turquia, em 3 de junho, em Ulsan. Na África do Sul, em 2010, bateu a Coreia do Norte (2 a 1), em 15 de junho, em Johannesburgo.
7 – Neymar busca entrar para a lista dos camisas 10 campeões
Desde 1958, quando Pelé deu novo significado para a camisa 10, apenas dois jogadores que usaram este número pelo Brasil em Copas não foram campeões mundiais: Zico (1982 e 1986) e Silas (1990). O maior jogador do mundo foi o 10 também em 1962, 1966 e 1970. Em 1974 e 1978, Rivellino, tri no México em 1970, a usou. Em 1994, Raí foi o 10, número usado por Rivaldo em 1998 e 2002, ano em que integravam o time do penta Ronaldinho Gaúcho, camisa 10 em 2006, e Kaká, que usou a camisa em 2010. Neymar foi o 10 do Brasil em 2014 e 2018 e agora tem a sua terceira chance no Catar.
8 – Encerrar hegemonia europeia
Desde a criação da Copa do Mundo, em 1930, até o início deste século, a batalha pelas taças entre América do Sul e Europa tinha um dos dois ganhando no máximo duas edições seguidas. A partir de 2006, os europeus já somam quatro taças (2006, 2010, 2014 e 2018) em sequência.
9 – Tite tenta não repetir Telê
Nas 21 edições da Copa do Mundo, o Brasil teve 15 treinadores diferentes, sendo que apenas quatro dirigiram a Seleção em dois Mundiais. Vicente Feola (1958 e 1966), Zagallo (1970 e 1974) e Carlos Alberto Parreira (1994 e 2006) foram campeões na primeira competição disputada e perderam a segunda. Telê Santana comandou o time Canarinho em 1982 e 1986 e foi eliminado nas quartas de final nas duas oportunidades. Tite já comandou o Brasil em 2018, na Rússia, e agora tem a sua segunda oportunidade.
10 - Neymar busca ser o terceiro brasileiro a chegar aos 10 gols em Copas
Com seis gols nas dez partidas de Copa do Mundo que disputou em 2014 e 2018, Neymar busca no Catar um feito que só Pelé e Ronaldo alcançaram, que é alcançar a marca dos dois dígitos de bolas na rede na competição. Pelé marcou 12 vezes em 14 partidas, média de 0,85. O Fenômeno balançou a rede 15 vezes em 19 jogos, média de 0,78. Ambos foram campeões mundiais, algo que o atual camisa 10 da Seleção ainda busca.