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A 200 dias para a Copa do Catar, confira os dez desafios da Seleção Brasileira na luta pelo hexa

Brasil inicia caminhada no Mundial dia 24 de novembro contra Sérvia, no Estádio Nacional de Lusail

04/05/2022 10h39
Por: Redação

Por Itasat

Em 200 dias, a Seleção Brasileira, Tite, Neymar e companhia passam a viver uma série de desafios na Copa do Mundo do Catar, que começa em 21 de novembro com um Senegal x Holanda, às 7h (de Brasília), no Estádio Al Thumama, mas que terá como confronto de abertura o Catar x Equador, que será às 13h (de Brasília), no Estádio Al Khor.

O Brasil, que encabeça o Grupo G, inicia sua caminhada em 24 de novembro, diante da Sérvia, às 16h (de Brasília), no Estádio Nacional de Lusail. É a partir do duelo contra os sérvios que tem início a caminhada brasileira em busca de marcas individuais e coletivas, sendo a maior delas a Copa do Mundo.

Para marcar os 200 dias para o início do Mundial 2022, a Itatiaia destaca dez desafios que a Seleção terá pela frente nos estádios catarianos:

1 – Evitar o maior jejum já vivido desde o primeiro título

Entre 1958 e 1970, o Brasil venceu três das quatro Copas do Mundo disputadas. A partir do México, passou a viver um longo jejum, que durou 24 anos e só foi encerrado em 1994, nos Estados Unidos. Agora, se a Seleção, que levantou a taça pela última vez em 2002, na Coreia do Sul e Japão, não alcançar o hexa, chegará em 2026, no Canadá, Estados Unidos e México com os mesmos 24 anos sem ser campeã do mundo.

2 – Manter a tradição de taças ‘fora do eixo’

Das 21 edições da Copa do Mundo já disputadas, apenas cinco não foram na Europa, que sediou o torneio 11 vezes, ou América do Sul (5). Três dos cinco títulos brasileiros foram nesses torneios, com a Seleção levantando a taça em 1970 (México), 1994 (Estados Unidos) e 2002 (Coreia do Sul e Japão).

3 – Superar um europeu em mata-mata

A caminhada final do Brasil em 2002 foi uma verdadeira Eurocopa, com o time comandado por Luiz Felipe Scolari batendo Bélgica (oitavas), Inglaterra (quartas), Turquia (semifinal) e Alemanha (final). Depois disso, nas últimas quaro Copas, sempre que a Seleção teve um europeu pela frente, em confronto de mata-mata, perdeu. Caiu nas quartas diante da França (2006), Holanda (2010) e Bélgica (2018). Em 2014, levou 7 a 1 da Alemanha, nas semifinais, e ainda perdeu a disputa do terceiro lugar para os holandeses (3 a 0).

4 – Buscar a 20ª estreia seguida em Copas sem derrota

O Brasil iniciou sua trajetória em Mundiais perdendo a estreia para a Iugoslávia por 2 a 1, em 14 de julho de 1930, em Montevidéu, no Uruguai. Quatro anos depois, num torneio todo disputado no formato de mata-mata, foi eliminado logo no primeiro duelo, pela Espanha, que fez 3 a 1 em 27 de maio de 1934, em Genova, na Itália. A partir de 5 de junho de 1938, os 6 a 5 sobre a Polônia, na prorrogação, em Estrasburgo, na França, deram início à série de 19 partidas de invencibilidade em estreias de Copas, com 16 vitórias e três empates.

5 – ‘Vingar’ os fracassos diante da Iugoslávia

A Sérvia é uma das repúblicas que formava a extinta Iugoslávia, adversária do Brasil por duas vezes em estreias nos Mundiais e que nunca foi derrotada. Além da derrota de 2 a 1, em 1930, no Uruguai, a Seleção Brasileira empatou com os iugoslavos por 0 a 0, em 13 de junho de 1974, em Frankfurt, na Alemanha, no primeiro empate brasileiro numa partida de estreia na competição.

6 – Manter a tradição de vencer as estreias ‘fora do eixo’

Nas cinco Copas que não foram disputadas na Europa ou América do Sul o Brasil sempre iniciou sua caminhada vencendo. Em 1970, no México, fez 4 a 1 na Tchecoslováquia, em 3 de junho, em Guadalajara. Depois de 16 anos, ganhou da Espanha por 1 a 0, no mesmo Estádio Jalisco, em 1º de junho. Nos Estados Unidos, em 1994, o time do tetra começou sua caminhada fazendo 2 a 0 na Rússia, em 20 de junho, em São Francisco. Em 2002, aplicou 2 a 1 na Turquia, em 3 de junho, em Ulsan. Na África do Sul, em 2010, bateu a Coreia do Norte (2 a 1), em 15 de junho, em Johannesburgo.

7 – Neymar busca entrar para a lista dos camisas 10 campeões

Desde 1958, quando Pelé deu novo significado para a camisa 10, apenas dois jogadores que usaram este número pelo Brasil em Copas não foram campeões mundiais: Zico (1982 e 1986) e Silas (1990). O maior jogador do mundo foi o 10 também em 1962, 1966 e 1970. Em 1974 e 1978, Rivellino, tri no México em 1970, a usou. Em 1994, Raí foi o 10, número usado por Rivaldo em 1998 e 2002, ano em que integravam o time do penta Ronaldinho Gaúcho, camisa 10 em 2006, e Kaká, que usou a camisa em 2010. Neymar foi o 10 do Brasil em 2014 e 2018 e agora tem a sua terceira chance no Catar.

8 – Encerrar hegemonia europeia

Desde a criação da Copa do Mundo, em 1930, até o início deste século, a batalha pelas taças entre América do Sul e Europa tinha um dos dois ganhando no máximo duas edições seguidas. A partir de 2006, os europeus já somam quatro taças (2006, 2010, 2014 e 2018) em sequência.

9 – Tite tenta não repetir Telê

Nas 21 edições da Copa do Mundo, o Brasil teve 15 treinadores diferentes, sendo que apenas quatro dirigiram a Seleção em dois Mundiais. Vicente Feola (1958 e 1966), Zagallo (1970 e 1974) e Carlos Alberto Parreira (1994 e 2006) foram campeões na primeira competição disputada e perderam a segunda. Telê Santana comandou o time Canarinho em 1982 e 1986 e foi eliminado nas quartas de final nas duas oportunidades. Tite já comandou o Brasil em 2018, na Rússia, e agora tem a sua segunda oportunidade.

10 - Neymar busca ser o terceiro brasileiro a chegar aos 10 gols em Copas

Com seis gols nas dez partidas de Copa do Mundo que disputou em 2014 e 2018, Neymar busca no Catar um feito que só Pelé e Ronaldo alcançaram, que é alcançar a marca dos dois dígitos de bolas na rede na competição. Pelé marcou 12 vezes em 14 partidas, média de 0,85. O Fenômeno balançou a rede 15 vezes em 19 jogos, média de 0,78. Ambos foram campeões mundiais, algo que o atual camisa 10 da Seleção ainda busca.