Coperlidere
RR MÍDIA 3
novos mercados

Ministro da Agricultura viaja para o Oriente Médio em busca de novos mercados de fertilizantes

Devido à guerra da Rússia e da Ucrânia, importantes exportadores de fertilizantes, Marcos Montes busca novos fornecedores

05/05/2022 11h50
Por: Redação

Por Itasat

O ministro da Agricultura, Marcos Montes (PSD), viajará para o Oriente Médio e a África, nesta quinta-feira (5), em busca de garantir novos fornecedores de fertilizantes para o Brasil. Apesar de a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, importantes exportadores desses insumos para o país não impactar na falta do produto por aqui, o Brasil quer abrir portas para novos fornecedores, conforme explicou Montes em entrevista. No entanto, isso tem gerado preocupação. 

“O Brasil hoje tem uma dependência em todos os fertilizantes, chegando no potássio a quase 96% de dependência, mas no conjunto em torno de 85%, 90% de dependência. Isso chamou muita atenção no passado, há uns dois anos atrás, um ano e meio atrás, quando se criou o plano nacional de fertilizantes. Já prevendo problemas. E isso foi acrescido com esse conflito que nós tivemos entre Rússia e Ucrânia, que são dois grandes produtores de fertilizantes. Nos preocupando fortemente porque ainda não fomos afetados. A oferta de fertilizante continua na normalidade. Mas nos abriu os olhos pra gente poder buscar alternativas pra gente depender menos do mundo”, explicou.

“Nós estamos construindo a chamada diplomacia dos fertilizantes. A ministra Tereza, antes de deixar o ministério andou por vários países em busca de fertilizante. O próprio presidente Bolsonaro esteve na Rússia antes do conflito e fez com que o Brasil fosse olhado com simpatia para mandar fertilizantes para cá. Tanto é verdade que a manutenção, a normalidade do envio de fertilizantes vem acontecendo e que é muito bom pra nós. Por enquanto nós estamos assim um pouco mais tranquilos, mas a preocupação é grande e nós vamos continuar trabalhando para aumentar a oferta lá fora e produzir fertilizante no Brasil”, acrescentou. 

Pensando nisso, grupos privados e do ministério seguem para a Jordânia, Egito e Marrocos. A viagem tem a previsão de durar cerca de 10 dias. “Inicialmente vamos à Jordânia, onde há um interesse de portas para iniciativa privada em relação ao potássio, depois vamos ao Egito. O Egito é muito forte nos nitrogenados. Depois vamos ao Marrocos, que é forte nos fosfatados. Então nós vamos fazer uma peregrinação desses três países, acompanhado dessas entidades e do setor privado que queira importar. Cabe ao governo não negociar, mas abrir portas e dar oportunidade para que essas negociações avancem”, disse Montes.

Plano Safra 

Além disso, Marcos Montes explicou também que o Plano Safra 22/23 pretende movimentar até R$ 310 bilhões.  “No ano passado, nós movimentamos em torno de R$ 250 bilhões. Esse ano nós imaginamos que possamos movimentar R$ 320, R$ 310 bilhões, que seria um tanto que suportaria o aumento de juros que nós tivemos e o custo de produção aumentado com valores de equalização [...] Nós estamos também estudando com a equipe técnica do Ministério da Economia e do Banco Central pra gente poder aumentar e oferecer, principalmente ao pequeno produtor, da agricultura familiar, agricultura média, uma condição de um volume de recurso bons com a taxa de juros acessíveis para que o Brasil continue forte como é no agronegócio”, disse. 

Febre Aftosa 

O ministro falou também sobre a suspensão da vacinação contra febre aftosa em Minas a partir de novembro. “Os estados têm que atender quatro critérios básicos. O Brasil só tinha Santa Catarina livre da febre aftosa sem vacinação e foi em 2006 se não me engano. Depois, no governo Bolsonaro, nós já fizemos quatro estados, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, parte da Amazônia, parte do Mato Grosso e agora no sábado nós lançamos também mais seis estados, inclusive Minas Gerais, que é um grande avanço. A última vacinação será em novembro, depois nós entraremos em uma área explícita da aceitação internacional. Aí sim nós teremos os mercados cada vez mais abertos e mais plenos para o que os exportadores de carne sejam bovinas, suínas, possam trabalhar com seus rebanhos”, destacou.