Por Itasat
Trabalhadores da educação da rede estadual realizam, na manhã desta sexta-feira (6/5), uma manifestação na Cidade Administrativa. O protesto é organizado pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE). O objetivo é cobrar do Governo de Minas o pagamento do piso salarial dos professores.
O reajuste dado pela Assembleia Legislativa, de 33% para a categoria, foi justamente para chegar ao valor do piso, que é nacional, de 3.800 reais. Mas o governo estadual entrou na Justiça para barrar esse aumento afirmando que pode precarizar e inviabilizar a prestação de serviços públicos. Uma decisão provisória do STF suspende os reajustes. O caso ainda vai ser julgado em definitivo pela Corte, mas não há uma previsão para que isso ocorra.
Outros dois pontos são alvo do protesto. Um deles é o projeto "Mãos Dadas", do Governo de Minas, que passa escolas dos anos iniciais do ensino fundamental para a gestão de prefeituras.
Os trabalhadores da educação afirmam que isso provoca um déficit financeiro para os municípios e desemprego da categoria. O outro ponto questionado é o projeto "Somar", em que o governo estadual compartilha a administração de escolas do ensino médio com organizações da sociedade civil sem fins lucrativos.
O sindicato aponta que se trata de uma privatização da gestão dessas unidades de ensino e que isso tem prejudicado os trabalhdores, pois tem havido desrespeito de direitos trabalhistas, como atraso de salários.
Em nota, a Secretaria de Educação de Minas afirma que o governo estadual tem participado de reuniões e mantém diálogo com a categoria. Além disso, que, para preservar os direitos dos estudantes, encaminhou às escolas estaduais orientações com as diretrizes sobre a reposição dos dias letivos e da carga horária, referentes às unidades de ensino em que isso for necessário.