Por Itasat
O Atlético precisou desembolsar R$ 87 milhões ao longo de 2021 apenas para pagar os juros da dívida onerosa do clube, que corresponde aos débitos bancários e obrigações trabalhistas e sociais. O valor vem prejudicando as finanças do Galo e, por isso, a atual diretoria não vê outro caminho para reduzir os encargos anuais a não ser a venda dos outros 49,9% do Shopping Diamond Mall que ainda pertencem ao clube.
Durante o evento ‘Galo Business Day’, nesta quinta-feira, o presidente atleticano Sérgio Coelho comentou as despesas do clube e ressaltou a importância de o Conselho Deliberativo aprovar a venda do restante do shopping para o pagamento das dívidas onerosas e, consequentemente, a diminuição dos juros gerados por esses débitos.
“É inevitável. Precisamos vender o Diamond. Temos isso como um objetivo, vamos apresentar ao Conselho e as receitas que a gente receber pela venda vai nos ajudar muito a diminuir essa dívida em uma velocidade maior. Os juros são preocupantes. O clube pagar R$ 87 milhões em um ano de juros não é brincadeira”, disse.
Sérgio Coelho comparou os rendimentos anuais do shopping com os custos dos juros da dívida. “As receitas que a nossa parte no Diamond Mall nos gera são muito pequenas. Não chegam a R$ 10 milhões por ano. Então, infelizmente, é preciso vender o Diamond”, ressaltou.
O dinheiro levantado com a venda do shopping será integralmente usado para quitar as dívidas onerosas, que correspondem a 38% do débito total. Ou seja, o valor não será utilizado para pagar os investidores (os chamados 4Rs – Rubens e Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador), que entram na dívida ‘não onerosa’ e representa 36% da totalidade.
“Não é para pagar os valores aos nossos apoiadores, os 4Rs. Esse valor será para pagar as dívidas onerosas com bancos, fornecedores, empresários, etc. Esse dinheiro será carimbado para isso”, observou Sérgio Coelho.
Desde o início do ‘Galo Business Day’, o Atlético reforçou a necessidade da venda do Diamond para quitar as dívidas onerosas. Mas, para isso, os conselheiros precisarão ser convocados para uma assembleia extraordinária para votar sobre o assunto. É necessária a aprovação de dois terços do Conselho, ou seja, 280 votos favoráveis.