Por Itasat
O preço cobrado pelo litro do diesel subiu 96% em quatro anos no Brasil, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A partir desta terça-feira (10), a Petrobras reajustou o valor em 8,87%, saindo de R$ 4,51 para R$ 4,91 após 60 dias sem alterações.
Na quinta-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez duras críticas ao comando da estatal, e classificou o reajuste como "abuso", "absurdo" e "estupro". Segundo o presidente, "a Petrobras não pode quebrar o Brasil".
O diesel é um dos combustíveis mais importantes na cadeia econômica do país, apesar de não ter alterações diretamente percebidas pela população. Como a maioria dos veículos são abastecidos com etanol ou gasolina, são esses produtos que mais assustam o motorista em caso de reajuste.
Por outro lado, o diesel é usado em veículos de grande porte, como ônibus e caminhões. O último, inclusive, é o maior responsável pelo transporte de insumos no país, tendo em vista a malha rodoviária em território brasileiro. A longo prazo, porém, os gastos que o produtor absorve com o aumento são repassados no valor do produto transportado, e só assim a diferença é sentida no bolso da população.
A Petrobras afirmou que o reajuste de preço aconteceu por conta de uma redução da oferta em relação à demanda global. Vale lembrar que, apesar de o Brasil ser explorador de petróleo, o preço é baseado no mercado internacional, ou seja, em dólar.