Com Itasat
O presidente Jair Bolsonaro (PL) se encontra, nesta quinta-feira (9), com o presidente norte-americano Joe Biden, em uma reunião bilateral que faz parte da programação da Cúpula das Américas, que ocorre em Los Angeles até a próxima sexta-feira (10). Essa é a primeira reunião entre os líderes desde a posse de Biden há um ano e cinco meses.
A expectativa é de que o encontro gire em torno de temas como a crise climática e o compromisso, por parte do presidente Bolsonaro, para garantir eleições livres e transparentes no Brasil. Os países também aguardam o anúncio de uma liberação
Em entrevista concedida nesta quarta, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, que o tema "eleições livres e transparentes" será abordado por Biden durante o encontro.
"Acredito que o presidente discutirá eleições democráticas, abertas livres e transparentes. Vamos ver o que Bolsonaro trará à mesa", afirmou.
Eleições
O presidente voltou à carga contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e seu presidente, o ministro Edson Fachin, nas últimas semanas, colocando em xeque a segurança das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral brasileiro como um todo.
Anteontem, durante um evento no Palácio do Planalto, Bolsonaro disse que Fachin "estuprou" a democracia brasileira ao convidar embaixadores de outros países para reafirmar a segurança das urnas e do processo de votação.
“A política externa é minha e do ministro França. Ele convida em torno de 70 embaixadores e, de forma indireta, ataca a Presidência da República, como um homem que não respeita a Constituição, não respeita o processo eleitoral”, atacou. "O que é isso se não um arbítrio, um estupro eleitoral?", completou Bolsonaro.
Bolsonaro continuou:
“Eu sou o chefe das Forças Armadas, nós não vamos fazer papel de idiotas (...) O ministro que solta o Lula é o mesmo que está à frente do Tribunal Superior Eleitoral dando as cartas”, disse em referência a Fachin.
Clima e Amazônia
Ainda de acordo com Sullivan, outro assunto na mesa é a questão climática que, segundo ele, pode ser "uma área de progresso entre Estados Unidos e Brasil".
O conselheiro do presidente Joe Biden também confirmou que o líder norte-americano deve fazer um anúncio "modesto, mas significativo" para ações de preservação da floresta Amazônica, presente nos territórios de nove países.