Com Itasat
O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta quinta-feira (9), que o seu governo "faz o possível" para cumprir a legislação ambiental do país e que 85% da área da Amazônia é preservada. A declaração foi dada em uma declaração prévia ao encontro com o presidente norte-americano Joe Biden, durante a Cúpula das Américas, que acontece em Los Angeles, nos Estados Unidos.
"O Brasil é um país gigantesco, de proporções territoriais das maiores do mundo. Temos uma riqueza no coração do Brasil, nossa Amazônia, maior que a Europa Ocidental, com riquezas incalculáveis, biodiversidade, riquezas minerais, água potável e uma fonte de oxigênio. Por vezes, nos sentimentos ameaçados em nossa soberania naquela área, mas dois terços do Brasil são preservados, mais de 85% da Amazônia também. Nossa legislação ambiental é bastante rígida e fazemos o possível para cumpri-la, para o bem do nosso pais", afirmou.
Ele também afirmou que, na questão ambiental, o Brasil tem suas dificuldades, mas que "fazemos o possível para atender aos nossos interesses e, também, porque não dizer, a paz do mundo".
As declarações de Bolsonaro, que foram acompanhadas pela imprensa, duraram cerca de oito minutos. Ele estava sentado em uma poltrona, de frente para o presidente Biden, que contou com a ajuda de tradutores para entender a mensagem do presidente brasileiro.
Em seguida, Bolsonaro falou sobre a agricultura do país e citou que o Brasil "alimenta mais de 1 bilhão de pessoas pelo mundo" e que possui uma agricultura de ponta, "incomparável em todo o mundo".
Ouso dizer que o mundo depende e muito do Brasil para a sua sobrevivência", declarou
Bolsonaro também disse que tem um interesse enorme de se aproximar cada vez mais dos Estados Unidos e que, em alguns momentos, essa relação foi "afastada" por "questões ideológicas".
Eleições no Brasil
Outro assunto aguardado para este encontro e citado pelo presidente foram as eleições deste ano.
"Neste ano temos eleições no Brasil, queremos eleições limpas, confiáveis e auditáveis, para que não haja uma só dúvida após o pleito. E tenho certeza que será realizada nesse espírito democrático", afirmou.
Cheguei pela democracia e tenho certeza que vou deixar o governo também de forma democrática.
Bolsonaro também tocou no tema da invasão da Ucrânia pela Rússia. O presidente recordou efeitos potencializados pela guerra, como a inflação de alimentos e energia, que "atingem os mais humildes", mas disse que o país precisa ter "cautela" já que ainda "depende de algumas coisas de outros países".
"Sempre adotamos uma posição de equilíbrio. Queremos a paz e tudo nós faremos para que a paz seja alcançada. Lamentamos os conflitos, mas tenho um país para administrar e temos que ser cautelosos", disse.
"As consequências da pandemia, de uma equivocada política do 'fique em casa e a economia a gente vê depois', agravado por uma guerra a 10 mil quilômetros do Brasil, as consequências econômicas são danosas para todos nós", concluiu.