Com Itasat
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decide até a próxima terça-feira (5), o destino de quatro CPIs protocoladas na Casa. A decisão será tomada após reunião com os líderes de partidos e bancadas marcada para esta segunda-feira (4).
A mais recente é CPI do MEC, apoiada por senadores de oposição, que pretende investigar o escândalo de corrupção durante a gestão de Milton Ribeiro no Ministério da Educação. O tema ganhou repercussão nas últimas semanas, depois que o ex-ministro foi preso pela Polícia Federal durante a operação Acesso Pago junto com dois pastores. O trio foi solto após decisão da Justiça Federal.
Além da CPI do MEC, há outras três na gaveta de Pacheco: as CPIS das Obras Inacabadas, das ONGs e do Crime Organizado.
Pacheco chegou a afirmar que "não tem a mínima razoabilidade uma CPI num momento desses", se referindo à criação de comissão para apurar o escândalo no Ministério da Educação. No entanto, marcou reunião com os líderes partidários para decidir sobre os quatro pedidos.
“Vamos ouvir a advocacia do Senado, a consultoria do Senado e tomar a melhor decisão, que acredito que deva ser no início da próxima semana. Esses são os critérios técnicos e regimentais que cabe à Presidência do Senado fazer”, disse Pacheco. “Logo na sequência, há uma discussão política que eu levarei ao colégio de líderes partidários. Com esses parâmetros definidos, vamos submeter aos líderes do Senado, em uma reunião que vou marcar para a próxima semana, a respeito desse assunto específico”.
O presidente do Senado disse não haver problema no funcionamento simultâneo de várias CPIs, embora ele acredite que o período eleitoral possa dificultar a operacionalidade das comissões.
“Os meses de agosto e setembro serão muito dedicados à questão eleitoral e devemos avaliar o envolvimento dos partidos políticos, dos senadores, num propósito desse de investigação em diversas CPIs. Então, esse critério político deverá ser considerado pelo Colégio de Líderes do Senado para termos a melhor decisão”, disse Pacheco.