Com Itasat
O América marcou uma reunião com os conselheiros para a próxima quinta-feira (7), a partir de 18h30, para atualizar e prestar esclarecimentos sobre o andamento do projeto da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), criada pelo Coelho no início deste ano. O encontro será realizado na sede do clube, no piso G1 do Boulevard Shopping.
Em edital de convocação, o presidente do Conselho Deliberativo do América, Márcio Vidal Gomes da Gama, informou que participarão do encontro os integrantes do Conselho Consultivo do clube, que engloba 36 nomes, incluindo ex-presidentes e membros dos conselhos de administração anteriores.
Coordenador do futebol clube-empresa do América, Marcus Salum faz parte do Conselho Consultivo e estará presente na reunião. Durante entrevista coletiva na semana passada, o dirigente do Coelho afirmou que o clube tem sido procurado por investidores e que o torcedor pode "se surpreender" com uma proposta a qualquer momento.
Salum também explicou os motivos para o América ainda não ter encontrado um investidor, após o clube desistir da exclusividade com a empresa Kapital Football Partners LLC, dos Estados Unidos, que pertence ao bilionário Joseph DaGrosa. O empresário desejava ter 90% das ações da SAF do Coelho.
Mas, de acordo com Salum, a porcentagem da SAF não é empecilho para acertar com o investidor. “Porcentagem não é o grande problema não, porque todos sabem o que o América faria numa negociação. Valor é um problema, e não é valor do investimento inicial, é o valor do investimento no futebol, a partir do momento em que eu assinar. Eu quero garantia que o futebol vai ter um patamar bem superior do que ele tem hoje. Caso contrário, não tem sentido fazer a SAF. E a segurança de que a gente possa, em caso de ter algum problema, retomar o controle do clube”, disse Salum.
“Só assinaram [contratos de SAF com investidores] os clubes que estavam em dificuldade. Clubes que estão num momento igual ao do América estão estudando as melhores ofertas, porque a responsabilidade é muito grande. Então, em nome de fazer o investimento no futebol, eu não posso pôr em risco o clube. Não pode ser feito qualquer negociação, porque se não nós vamos ter dificuldade em resolver os problemas, caso eles ocorram. Não é só receber um talão de cheque, depositar na conta e sair contratando. Isso é um casamento e um casamento longo, então temos que ter cuidado”, finalizou.