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Eleições 2022

Zema e Kalil partem para o ataque, e Viana investe nos indecisos

Candidatos vão manter, na última semana de campanha, as mesmas estratégias adotadas até agora

26/09/2022 10h47
Por: Redação

Com O Tempo

A reta final da campanha eleitoral já está aí. Faltam poucos dias para as eleições, e este, certamente, é um dos períodos mais intensos da campanha eleitoral. Os eleitores são bombardeados com santinhos, bandeiras e carros de som nas ruas, posts nas redes sociais e inserções no rádio e na televisão. Já os candidatos apostam em estratégias para manter os espaços conquistados, atrair os indecisos e virar voto dos adversários.

Enquanto as campanhas de Romeu Zema (Novo) e Alexandre Kalil (PSD) prometem continuar “desmentindo” um ao outro, a estratégia de Carlos Viana (PL) é reforçar seu nome por meio de agendas na região metropolitana por esta ser mais populosa, na crença de que a maioria do eleitorado vai se decidir nesta semana.

Em nota enviada ao jornal , a equipe de Alexandre Kalil (PSD) informou que não vai adotar nenhuma estratégia diferente para os últimos dias de campanha do primeiro turno.

De acordo com a nota, “a ideia é continuar falando a verdade e rebatendo as muitas mentiras que têm sido ditas sobre Minas Gerais. O candidato defende que é fundamental manter a verdade e evitar falsas promessas, porque depois é preciso governar e cumprir o que foi acordado”.

A coordenação de campanha do ex-prefeito de Belo Horizonte informou, ainda, que o candidato vai continuar, nesses últimos dias, viajando por todas as regiões do Estado.

A estratégia é marcar as diferenças entre as suas propostas e as de seu principal adversário, o governador Romeu Zema (Novo), com relação a temas fundamentais, como Regime de Recuperação Fiscal (RRF), privatizações das empresas mineiras, modelo para concessão de estradas, prioridade no orçamento para a assistência social.

Propostas

A coordenação da campanha de Zema também enviou nota para O TEMPO informando que vai seguir “desmentindo” Kalil. Segundo o texto, “como o adversário fez toda a campanha pautada por mentiras e pela falta de propostas, na reta final, a candidatura de Romeu Zema vai focar em desmentir essas versões falsas”.

Além disso, na nota, a equipe do candidato à reeleição mostrou que vai seguir a mesma estratégia adotada desde o início da campanha de atacar a gestão de seu antecessor, o ex-governador Fernando Pimentel, e o PT.

Segundo a coordenação de campanha, Zema vai focar em “continuar consertando, como tem feito desde o início da gestão, os estragos da turma do PT-Pimentel que está junto com o adversário”.

Momento de contato com eleitor e debates

Carlos Viana afirmou que, durante suas viagens de campanha pelo Estado, não tem encontrado voto decidido. “As pessoas não sabem em quem votar tanto para governador quanto para os cargos da Câmara e do Senado. Esta reta final é fundamental para que os candidatos mostrem a que vieram e as propostas que têm”, assinalou.

Para Viana, o momento é de aproveitar os debates e o corpo a corpo, além de intensificar a presença na região metropolitana, que é a mais adensada do Estado. O candidato acredita que disputará o segundo turno. “Eu tenho uma confiança muito grande que pode acontecer mesmo o que aconteceu comigo na campanha para senador e a gente surpreender num segundo turno. Aí é outra eleição”, disse.

Nesta reta final de campanha, os candidatos ao governo de Minas ainda contam com um dos debates mais esperados pela repercussão que tem entre o público, que é o promovido pela TV Globo, programado para amanhã. A presença de Romeu Zema ainda é incerta, uma vez que ele não participou dos dois debates anteriores, organizados por outras emissoras.

Aposta na presença de aliados

Os candidatos ao governo apostam, ainda, no resultado positivo das presenças recentes dos presidenciáveis em Minas. Na última sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve em Contagem, na região metropolitana de BH, e Divinópolis, no Centro-Oeste do Estado, com o intuito de reforçar as campanhas de Carlos Viana ao governo de Minas e de Cleitinho Azevedo (PSC) ao Senado.

Com isso, desde o início oficial da campanha eleitoral, o candidato a presidente contabilizou três visitas a Minas. No dia 16 de agosto, Bolsonaro iniciou sua campanha em Juiz de Fora, na Zona da Mata, onde foi vítima de uma facada há quatro anos. No dia 24 do mesmo mês, o presidente esteve em Belo Horizonte para um comício. Antes, reuniu-se com lideranças religiosas e empresários em Betim, na região metropolitana.

Para Viana, a “vinda do presidente a Minas por várias vezes mostrou a importância que o Estado tem na corrida eleitoral”. Ele está confiante de que o Estado dará a Bolsonaro uma “vitória expressiva”. Viana acredita que, nesta última semana de campanha, ainda é possível contar com a presença de Bolsonaro na capital mineira uma última vez.

Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve em Ipatinga, no Vale do Aço, reduto político do candidato ao Senado Alexandre Silveira (PSD), com o objetivo de fortalecer a campanha do senador e de Kalil nesta reta final.

Desde o início da campanha eleitoral, em 16 de agosto, esta foi a terceira vez que Lula veio a Minas. Ele esteve em Belo Horizonte, em 18 de agosto, para um comício na praça da Estação, e em Montes Claros, no Norte de Minas, em 15 de setembro, para um comício na praça da Catedral.

Mais duas chances de mostrar as propostas

O prazo para exibição dos programas eleitorais gratuitos de rádio e televisão é a próxima quinta-feira. Como os programas dos candidatos a governador são exibidos nas segundas, quartas e sextas-feiras, os eleitores ainda vão ter a oportunidade de ver e ouvir as propostas para Minas Gerais mais duas vezes nesta semana.

Ainda de acordo com o Código Eleitoral, quinta-feira também é o último dia para propaganda política em reuniões públicas ou promoção de comícios e utilização de aparelhagem de sonorização fixa, entre 8h e 24h, com exceção do comício de encerramento da campanha, que poderá ser prorrogado por mais duas horas.

Já a próxima sexta-feira é o último dia neste primeiro turno para divulgação paga, na imprensa escrita, e reprodução, na internet, de jornal impresso, de propaganda eleitoral.

E no sábado, entre 8h e 22h, é o último dia para a propaganda eleitoral com alto-falantes ou amplificadores de som e a distribuição de material gráfico, caminhada, carreata ou passeata, acompanhados ou não por carro de som ou minitrio.