Carcereiro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba durante os 580 dias em que o petista esteve preso pela Lava Jato, o agente federal Jorge Chastalo Filho, que ficou conhecido como 'Rodrigo Hilbert da PF', decidiu apoiar o ex-presidente no segundo turno das eleições presidenciais. O ex-chede do Núcleo de Operações da Polícia Federal na capital paranaense disse ao colunista Thiago Herdy, do portal "Uol", que votará em Lula "diante da tragédia que estamos vivendo" e "com todo vigor no peito".
Chastalo, que hoje atua como adido da PF em Lima, no Peru, ficou conhecido por aparecer em quase todas as imagens em que o petista aparecia detido e passou a ser chamado de "Rodrigo Hilbert da PF" em reazão da semelhança com o marido de Fernanda Lima.
Na conversa com o "Uol", Jorge Chastalo afirmou que Lula não esteve deprimido em nenhum momento da detenção, que sempre foi humilde e demonstrou gratidão por cada um que esteve ao seu lado.
Sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL), ele usa uma frase de Ulysses Guimarães sobre a ditadura para resumir: "tenho nojo", diz ele, que trabalha em um livro sobre a permanência de Lula na sede da PF.
Goleiro Bruno é Bolsonaro
O goleiro Bruno Fernandes de Souza, que ficou afastado dos campos após ser condenado a 22 anos de prisão pelo homicídio de Eliza Samudio, e que tenta retomar a carreira, declarou voto no presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições presidenciais. A declaração de voto foi divulgada em vídeo nas redes sociais.
"Hoje me perguntaram se eu sou 13 ou se eu sou 22. Eu, pessoal, sou a favor de um país justo, um país honesto, sabe? E eu coloco na balança aquilo que foi feito durante todo esse tempo aí. Eu sei que o 22 está fazendo um bom trabalho no meu modo de pensar, na minha opinião. Então, é isso e ponto final", disse o goleiro em um vídeo nas redes sociais.
Ele ainda criticou o fato de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não ter cumprido toda a pena por condenações da Lava Jato, depois anuladas pelo Supremo Tribunal Federal.
"Acho um jogo de interesse tão grande, porque uma pessoa que foi condenada, ela volta a liderar um país. Ela perdeu todas as instâncias e volta a liderar o país. E não cumpriu a pena. E não foi inocentado. Não foi inocentado. Então, eu quero dizer o seguinte: eu cumpri minha pena e cumpro com minhas obgrigações. E acho que eu também tenho o direito de voltar a exercer minha profissão", reclamou.
Desde que saiu da cadeia, por conta da reação dos torcedores, o goleiro não tem conseguido contratos longos com times de futebol. Na última semana, ele foi dispensado da Sociedade Esportiva Búzios apenas 48h depois de ter assinado contrato com o clube. A direção do clube vinha sendo duramente criticada pela ideia de contratar o goleiro, que já atuou no Atlético e no Flamengo, entre outros.