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Johnson & Johnson é condenada a pagar US$ 344 milhões em indenizações por malha pélvica

Mulheres que usaram os dispositivos dizem que os efeitos colaterais incluem incontinência, infecção, sangramento e dor crônica

31/01/2020 11h40
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Um juiz ordenou na quinta-feira (30), que a Johnson & Johnson pague 344 milhões de dólares pelo marketing falso e enganoso sobre uma malha pélvica usada por dezenas de milhares de mulheres na Califórnia.

O processo julgado em San Diego fazia parte de uma série ações semelhantes contra a empresa em todo o mundo por conta do produto projetado para apoiar os músculos enfraquecidos que sustentam os órgãos pélvicos.

O juiz Eddie Sturgeon decidiu que a Johnson & Johnson conhecia os possíveis riscos e efeitos colaterais de seus produtos antes de serem lançados e não os divulgou nos materiais de orientação e de marketing fornecidos aos médicos e pacientes.

Em seu veredito, Sturgeon disse que "as complicações poderiam ser tão graves que seria necessário remover a malha, mas, diferentemente de outros implantes, a remoção é difícil e prejudicial e pode exigir várias cirurgias".

"A Johnson & Johnson também sabia que algumas das complicações mais graves da malha poderiam ser irreversíveis", acrescentou.

Mulheres que usaram os dispositivos dizem que os efeitos colaterais incluem incontinência, infecção, sangramento e dor crônica.

Segundo a promotoria, entre 2008 e 2014, a empresa vendeu mais de 470.000 malhas pélvicas nos Estados Unidos, incluindo 30.000 na Califórnia.

Em todo o mundo, mais de dois milhões de mulheres têm essa malha em seus corpos.

Além do processo na Califórnia, Johnson fechou acordos com o estado de Washington no valor de 9,9 milhões e com uma coalizão de outros 42 estados no valor de 117 milhões.

A empresa informou ao jornal The New York Times que pretende apelar da decisão da Califórnia.