Nossa reportagem ouviu um advogado sobre o caso envolvendo o vereador Júnior Sousa e o secretário municipal de Saúde de Sete Lagoas. Ontem a Folha publicou no Instagram uma matéria onde o vereador passou por um procedimento facial com o médico em pleno horário de expediente do secretário. Acesse o link abaixo e confira.
https://www.instagram.com/p/CvLnVS_gicc/?igshid=MzRlODBiNWFlZA==
Logo depois da publicação Folha, Júnior Sousa usou sua rede social para dizer que tudo não se passava de Fake News, alegando que o diretor do jornal é um pré-candidato à vereador frustrado, derrotado nas urnas em 2020.
Como o compromisso da Folha é com a informação verídica , procuramos um advogado para mais esclarecimentos sobre o episódio. Pois como que um secretário de Saúde, atende um vereador por volta das 17 horas? Qual horário o médico chegou em sua clínica para a preparação do procedimento facial? Já que o próprio Júnior Sousa disse que o horário do agendamento foi às 17 horas.
E mais: ontem quarta-feira (26), o vereador postava em sua rede social, um vídeo em que um servidor contratado do Saae dormia em seu ponto de trabalho. Ou seja, com a Folha é assim: 'Pau que bate em Chico, bate em Francisco ' e ponto final.
Acompanhe relato do advogado sobre esse episódio de improbidade administrativa do secretário de Saúde de Sete Lagoas.
"Ele está com problema de interpretação de texto,afinal até onde eu entendi,quem tem cargo de dedicação exclusiva é o secretário de saúde.
Ele mesmo fez a publicação mostrando o procedimento.
Todos sabemos da flexibilidade de horário de um Vereador, o que não acontece com nenhum secretário que tem dedicação exclusiva.
Quando ele afirma ter feito um procedimento as 17 horas ,com um dermatologista que também é secretario de saúde,fica a pergunta:
A que horas esse dermatologista chegou a clínica,pra estar a disposição do edil?
Pra efetuar esse procedimento estético as 17 horas, acredito eu que o dermatologista já estaria no mínimo a uma hora antes.
As informações que ele mesmo divulgou a respeito do procedimento,confirmam que o secretário de saúde estava exercendo sua outra função, que nada tem haver com o município,em horário que creio eu, deveria estar a frente dos problemas na área de saúde.
Entendo eu que esse posicionamento do vereador nada mais é do que uma cortina de fumaça pra desviar a atenção do principal motivo da matéria.
Ele é uma pessoa pública,e segundo a lei está sujeito a críticas,na matéria ele é citado na condição de vereador, não de pessoa natural.
Se ele buscar fazer ocorrência, acredito que ele pode ter a inversão do ônus da prova.
Desespero pré eleição faz coisas. Agora é deixar claro,que foi questionado o horário do secretário,mas se ele entende que está correto,sendo ele um fiscal do executivo, não estou entendendo mais nada.
Um vereador diante de uma situação em que o secretário tem o dever de cumprir seu cargo de dedicação exclusiva e não o faz,deveria no mínimo procurar saber o porquê de estar esse cargo de confiança atendendo em outro local que nada tem haver com o interesse da sociedade.
O correto seria esse vereador verificar se a situação está correta,já que ele está diretamente no centro da discussão.
Será que esse vereador deixou de fiscalizar uma suposta evasão de horário,onde envolve um agente do primeiro escalão?
Cabe a ele provar que a matéria o envolvia na questão horário.
O que claramente o texto nada diz sobre o horário ou dia do mesmo".
Nossa reportagem não conseguiu ouvir as partes envolvidas.