Após ser nomeado Secretário-Geral do estado, Mateus Simões (Novo) admitiu que o governo errou em propor aumento de 41,7% do salário para a Segurança Pública, reajuste posteriormente reduzido para 13% por Romeu Zema. Os vetos agravaram a crise vivida pelo estado, gerando insatisfação de categorias, deputados da base e da oposição, e culminaram em mudanças na gestão.
“Eu considero um acerto o governador ter sancionado um amento de apenas 13%. Retrospectivamente, me parece que foi um erro termos apresentado um projeto de aumento de 41,7%. Não acho que naquele momento era possível visualizar que isso era um erro, porque vários dos fatos que levaram o governador a fazer uma sanção parcial são posteriores à apresentação do projeto”, alega.
Simões já havia trabalhado com Zema na coordenação da equipe de transição entre outubro e dezembro de 2018. Ele explica que a função dele agora será na interlocução de todos os secretários, “para que todos caminhem e remem na mesma direção”.
Atualmente, Simões é vereador da Câmara Municipal de Belo Horizonte, cargo que deixará em abril, após apresentar relatório na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Andrade Guitierrez. Suplente, a advogada e ex-promotora Fernanda Autoé assume a vaga dele.
Para participar do governo, Simões abrirá mão da disputa às eleições para a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Rodrigo Paiva deve representar o Novo no pleito.
Secretaria-Geral
O cargo de Secretário-Geral antes era ocupado por Igor Eto, tido como braço direito de Zema, e que agora vai para a Secretaria de Estado, com a responsabilidade da articulação política com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O posto era ocupado por Bilac Pinto, que deixou o governo na quarta-feira (11).