O governador Romeu Zema, assinou nesta quinta-feira, um decreto que diminui a circulação de pessoas em Minas, principalmente em estabelecimentos comerciais, para tentar conter o avanço do coronavírus. A medida começa a valer imediatamente a partir da publicação no Diário Oficial da União. O anúncio foi feito por meio de um vídeo publicado no Facebook.
Segundo o governador, como o estado não possui competência para mandar fechar comércio nas cidades mineiras, ele determinou que as prefeituras de cidades onde há registro de contaminação comunitária decretem o fechamento de estabelecimentos comerciais, como academias, shoppings, bares e restaurantes, permanecendo apenas os serviços essenciais, como farmácias e supermercados.
Os estabelecimentos que podem ficar abertos estão proibidos de realizar preços abusivos em decorrência da situação de excepcionalidade e terão que fixar um horário específico para atender pessoas com mais de 60 anos.
Ainda de acordo com o comunicado, para evitar desabastecimento, os comerciantes e fornecedores deverão estabelecer limites para aquisição de bens essenciais à saúde, higiene e alimentação. As indústrias e o comércio deverão estabelecer escalas de revezamento de turnos, de forma a reduzir a aglomeração de funcionários.
O governador decidiu ainda proibir a realização de eventos e reuniões, como excursões, cursos presenciais e outras atividades com mais de 30 pessoas.
O transporte coletivo entre municípios deve ser feito sem exceder a metade da capacidade de passageiros sentados. Já o transporte coletivo urbano não poderá exceder a capacidade de passageiros sentados.
O pronunciamento do governador ocorre após ele ter sido criticado pelo prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), no Twitter, por não ter anunciado providências para a contenção do vírus.