Assim como todos os clubes, o Cruzeiro tenta reduzir os impactos econômicos causados pela pandemia do novo coronavírus no futebol. Nesta terça-feira, a equipe celeste, que já enfrenta uma grave crise financeira, informou que dará férias à maioria dos funcionários e mudará a rotina dos demais colaboradores.
“O Cruzeiro já vivia uma fase de intensa economia, renegociações e busca por alternativas para superar a crise financeira do clube. E agora intensificamos ainda mais estas ações. Devemos dar férias agora para a maioria dos funcionários, e outra parte dos nossos colaboradores seguirá trabalhando em escala ou em home office”, explicou o diretor executivo do Cruzeiro, André Argolo, em entrevista ao site oficial do clube.
Em reunião por videoconferência, os integrantes do Núcleo Dirigente Transitório conversaram sobre medidas a serem tomadas para que o Cruzeiro consiga atravessar esta fase sem ser muito prejudicado. O clube, que já vinha passando por um processo de reforma administrativa, visando à redução de despesas e busca por investimentos, agora precisa tomar as decisões corretas.
“Apesar da crise, o clube não para e precisamos encontrar alternativas. Nosso departamento comercial está trabalhando ativamente, conversando com nossos parceiros e patrocinadores para fortalecer os acordos e para que os impactos com a crise sejam minimizados, com corte de despesas através da utilização de propriedades comerciais e aproveitando as entregas que podemos fazer neste momento totalmente atípico”, disse Argolo.
Sem jogos, o Cruzeiro, como todas as instituições esportivas, perdeu receitas e está apreensivo com a indefinição de quando as competições serão retomadas. Enquanto isso, a Comissão Nacional de Clubes (CNC) tenta um acordo de renegociação dos salários com a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf), já que a folha de pagamento de março dos jogadores vence no início de abril.
Uma das propostas é dar férias aos jogadores de 1º a 20 de abril. Os outros dez dias seriam concedidos entre o fim de dezembro e o início de janeiro de 2021.
“Este foi um dos assuntos discutidos pela Comissão Nacional dos Clubes nessa segunda-feira e a proposta, que envolve a maior parte das agremiações do país, é dar férias coletivas de 20 dias a partir de abril e 10 dias de férias entre o fim do ano de 2020 e início de 2021. É um momento muito difícil para todos os clubes e outras medidas estão sendo avaliadas”, finalizou Argolo.