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Segurança

Programa da Sejusp identifica áreas críticas para reduzir a criminalidade em Minas

Ação do IGesp se pauta na análise de dados, reconhecimento de zonas quentes e intervenções focalizadas para diminuição das ocorrências

12/07/2024 18h31
Por: Redação
Fonte: Secom Minas Gerais
Sejusp / Divulgação
Sejusp / Divulgação

Você já parou para pensar em como pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença na segurança do seu bairro, rua ou região? Imagine uma rua mal iluminada: isso não só pode gerar medo, como também, segundo pesquisas de segurança, aumentar o risco de crimes acontecerem. São em intervenções como esse exemplo  que se estabelece o trabalho do IGesp, a Integração da Gestão em Segurança Pública, que busca reconhecer o problema - que pode ser um poste queimado em uma rua - discuti-lo e providenciar a resolução, muitas vezes, em parceria com outras instituições.

O IGesp tem como objetivo principal a redução de crimes e o aumento da sensação de segurança em todas as regiões e municípios, com foco em diversas infrações. Na fase atual, o programa foca nos crimes contra o patrimônio, como furtos, roubos, extorsões, receptações e aumento da segurança das cidades de forma estratégica. A iniciativa não é apenas um plano teórico, é uma prática que une todas as partes envolvidas na Segurança Pública e na Justiça Criminal para resolver problemas que afetam nossa segurança cotidiana.

Por meio de análises das estatísticas criminais do Observatório de Segurança Pública, o IGesp identifica as áreas mais críticas, onde os índices de criminalidade são mais altos - as chamadas "zonas quentes". Aqui, eles não olham apenas para os números, mas também para as condições locais que contribuem para o crime, como falta de iluminação pública adequada, a inexistência de câmeras, a predisposição de incêndios em algumas áreas e outros pontos vulneráveis.

Com base nesses diagnósticos, são criados planos de ação detalhados, envolvendo não apenas as forças policiais, mas também o Ministério Público, o Tribunal de Justiça, a Defensoria Pública, as prefeituras e até representantes locais. Todos têm um papel importante na implementação de soluções que realmente possam funcionar.

A gestora do IGesp, Mayara Ferreira, da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) , resumiu a atuação da metodologia, que já colhe bons resultados. "É uma política exitosa pois significa integração. Nosso objetivo é tratar crimes específicos em regiões específicas levando em consideração que 80% da criminalidade está concentrada em 20% de território. Nós pensamos em política pública em rede. A criminalidade tem muitas causas e, por isso, precisamos de muitas forças integradas", disse.

Redução de 5,5% nos crimes contra o patrimônio em MG

Em 2023, o IGesp lançou uma nova vertente de trabalho: o 'IGesp Focal', que direcionou os esforços para municípios com os mais altos índices de crimes contra o patrimônio: Belo Horizonte, Juiz de Fora, Uberlândia e Contagem. As cidades receberam análises técnicas detalhadas, que sugeriam ações específicas para melhorar a segurança, e a implementação dessas ações foi acompanhada de perto pela Sejusp. O programa incluiu também reuniões para coordenar esforços entre diferentes partes envolvidas na Segurança Pública e na Justiça local.

Ao fim do primeiro ciclo, encerrado em fevereiro deste ano, os números mostraram a eficácia do IGesp nas regiões entre agosto e dezembro de 2022 e 2023. Em Belo Horizonte, a cidade com o maior número absoluto de ocorrências, houve uma leve redução de aproximadamente 1,3% nas ocorrências, passando de 34.882 para 34.347 casos. Uberlândia também apresentou uma diminuição de 2,2%, de 6.610 para 6.462 ocorrências. Por outro lado, Juiz de Fora registrou uma queda mais acentuada, de 21,8%, diminuindo de 3.644 para 2.844 ocorrências. Contagem teve uma redução de 6,8%, de 5.536 para 5.160 casos. 

No estado como um todo, houve uma diminuição geral de 5,5% nos crimes contra o patrimônio, caindo de 117.706 para 111.234 ocorrências. Esses números indicam tendências variadas de segurança pública em diferentes regiões de Minas Gerais, além de esforços variados e possíveis impactos de iniciativas de segurança implementadas durante esse período.

A metodologia prevê a expansão para outras cidades e o aumento da abrangência e impacto das ações integradas. A expectativa é que mais municípios se beneficiem dessa abordagem colaborativa, fortaleçam a segurança em nível regional e promovam uma cultura de prevenção e resposta eficaz contra o crime.