Por Itasat
O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), encontrou na manhã desta quinta-feira com o ministro da economia, Paulo Guedes, em Brasília, para tratar da crise econômica vivida pelo estado, e que foi agravada com a pandemia do coronavírus. Zema descreveu a situação financeira de Minas como "insustentável".
"Antes da crise (do coronavírus) já era um estado que enfrentava dificuldades para honrar os pagamentos, principalmente o da folha do funcionalismo público", disse. Conforme o governador, a projeção é de que o estado perca, num cenário de queda de 4% da economia, R$ 7,5 bilhões em arrecadação de ICMS.
"O que o governo federal fez na questão de ajuda à saúde, fundo de participação dos estados, no caso de Minas, que tem uma receita preponderante de ICMS, é de pouca valia. Nós realmente precisamos de algo", ressaltou.
Zema disse que estabelecer critérios para liberação de recursos é necessário. "Estamos de acordo com o governo ceder para estados que adotem medidas de austeridade. O governo vai precisar fazer alguma coisa, e que ele tenha algo em troca. Que o salário, se for necessário, fique sem reajuste por um tempo para que o estado receba esse recurso agora", ressaltou.
Isolamento social
A flexibilização das medidas de isolamento social, adotada por alguns municípios mineiros, foi comentada por Zema. Ele destacou que a decisão é do prefeito, e que um protocolo com recomendações da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) deve ser divulgada na próxima semana. Contudo, ele orienta: "Tudo tem que ser feito privilegiando a vida humana".
"Há 20 dias adotamos medidas de restrição de circulação. Mas Minas, hoje, deve ter mais de 200 cidades que, por decisão do prefeito, fizeram algum tipo de liberação", diz.
"Cabe a cada prefeito analisar sua situação. É uma decisão do prefeito, mas vamos ajudar com orientações para aqueles que venham flexibilizar alguma coisa. Todas as liberações devem ser feitas com devidos cuidados: uso de máscaras, equipamentos, limite de pessoas por metros quadrados, entre outros", explicou.